Invisibilidade
Este artigo é um capítulo de O Templo do Rei Salomão
Livro III, ש, parte א, do manuscrito Z2.


A. O manto de Ocultação.
B. O Magista.
C. As guardas de ocultação.
D. A luz astral a ser moldada no Manto.
E. A equação dos símbolos na esfera de sensação.
F. A Invocação do Superior: a colocação de uma Barreira do lado externo da Forma Astral: a vestimenta dela com obscuridade através da invocação apropriada.
G. Formulando claramente a ideia de tornar-se invisível: a formulação da distância exata em que o manto deve envolver o corpo físico; a consagração com água e fogo para que seu vapor comece a formar a base do manto.
H. O início é formular mentalmente um manto de ocultação em volta do operador. A afirmação em voz alta da razão e do objetivo do trabalho.
I. Comunicado de que está tudo pronto para o início da operação. Operador fica no lugar do Hierofante neste estágio: colocando sua mão esquerda no centro do triângulo, e segurando em sua mão direita a Varinha de Lótus pela ponta preta, em prontidão para concentrar em torno de si o Manto de Trevas e de Mistério. (N.B. – Nesta operação como nas outras duas sob o domínio de ש um pantáculo ou Telesma, adequado ao assunto em questão, pode ser utilizado: este é tratado conforme indicado «previamente» para Telesmata.)
J. Agora o operador recita um exorcismo de um manto de Trevas para cercá-lo e torná-lo invisível, e segurando a varinha pela ponta preta, dando a volta três vezes completamente, que ele trace um círculo triplo ao seu redor, dizendo: “Em nome do Senhor do Universo” etc. “Eu te conjuro, ó Manto de Trevas e de Mistério, que me envolvas, para que eu me torne invisível; para que, vendo-me, os homens não vejam nem entendam; mas que possam ver aquilo que não veem, e não compreendam o que eles contemplam! Assim seja!”
K. Agora vá para o Norte, fique de frente para o Leste e diga: “Eu coloquei meus pés no Norte e disse: ‘Eu me envolverei em Mistério e Ocultação’”. Então repita a oração: “A voz de minha Alma Superior” etc., e comande a Circum-ambulação Mística.
L. Mova-se como de costume para o Sul, e pare, formulando-te como envolto em trevas: à direita o pilar de fogo, à esquerda o pilar de nuvem: ambos alcançando das trevas à glória dos Céus.
M. Agora mova-se de entre esses pilares que você formulou para o Oeste, e diga: “Invisível, eu não posso passar pelo Portão do Invisível, a não ser em virtude do nome de ‘Escuridão’”. Então formule forçosamente ao teu redor o manto de Trevas, e diga: “Escuridão é o meu nome, e ocultação: eu sou o Grandioso Invisível dos caminhos das Sombras. Eu não tenho medo, embora velado nas Trevas; pois dentro de mim, embora invisível, está a Magia da Luz!”
N. Repita os processos em L.
O. Repita os processos em M, mas diga: “Sou Luz envolta em Trevas, sou o portador das forças do Equilíbrio”.
P. Agora, concentrando mentalmente ao teu redor o manto de ocultação, passe para o oeste do altar no lugar do Neófito, fique de frente para o leste, permaneça de pé e recite uma conjuração pelos nomes adequados para a formulação de um manto de Invisibilidade ao teu redor e sobre ti.
Q. Agora dirija-se ao Manto de Trevas assim: “Manto de Ocultação, por muito tempo estiveste escondido! Abandone a luz; para que possas me ocultar diante dos homens!” Então, cuidadosamente formule o manto de ocultação ao teu redor e diga: “Eu te recebo como cobertura e como guarda”.
Então as Palavras Místicas.
R. Ainda formulando o manto, diga: “Antes de toda manifestação mágica vem o conhecimento da Luz Oculta”. Então vá para os Pilares e dê os sinais e passos, palavras etc. Com o Sinal do Entrante, projeta agora toda a tua vontade em um grande esforço para perceber a ti mesmo realmente desaparecendo e tornando-te invisível aos olhos mortais: e ao fazer isso, tu deves obter o efeito de seu corpo físico de fato, gradualmente tornando-te parcialmente invisível para teus olhos naturais: como se um véu ou nuvem estivesse se formulando entre eles e ti. (E toma muito cuidado para não perder o autocontrole neste ponto.) Mas também neste ponto há um certo Êxtase Divino e uma exaltação desejável: pois aqui há uma sensação de uma força exaltada.
S. De novo formula o manto como se te escondendo e te envolvendo, e assim envolto nele circum-ambula o círculo três vezes.
T. Formulando intensamente o Manto, posiciona-te no Leste e proclama: “Assim formulei para mim mesmo este Manto de Trevas e de Mistério, como ocultação e guarda”.
U. Agora recita uma invocação de todos os Nomes Divinos de Binah; para que possas reter o Manto de Trevas sob teu próprio controle e orientação apropriados.
V. Agora declara claramente ao manto o que deseja realizar com ele.
W. Tendo obtido o efeito desejado, e ficando invisível, é necessário que tu conjures as forças da Luz para agir contra aquele Manto de Trevas e de Mistério, de modo a desintegrá-lo, para que nenhuma força procure usá-lo como um meio para uma obsessão etc. Portanto, realize uma conjuração como dito acima, e então abra o Manto e saia do meio dele, e então desintegre aquele Manto pelo uso de uma conjuração das forças de Binah, para desintegrar e espalhar suas partículas; mas afirmando que por tua ordem elas serão novamente prontamente atraídas. Mas de modo algum aquele manto de terrível Mistério deve ser deixado sem tal desintegração; visto que rapidamente atrairia um ocupante que se tornaria um terrível vampiro atacando aquele que o chamou à existência. E depois de frequentes realizações desta operação, a coisa pode quase ser feita per nūtum[1].
«Do latim “à vontade”.» ↩︎
Traduzido por Alan Willms em setembro de 2025. As notas «entre aspas especiais» são do tradutor. A imagem ilustrativa não faz parte do texto original, ela foi adaptada de uma foto de David DINTSH do Unsplash.