A – Ordens Gerais

Este artigo é um capítulo de Os Documentos de A a Z

Uma visão geral dos assuntos estudados e dos exames aplicados aos Adeptos da Segunda Ordem da Golden Dawn.

.
Leia em 13 min.
Banner

A:
Ordens Gerais

Solicita-se que os membros da Segunda Ordem na Caledônia não providenciem as instruções da Segunda Ordem privadamente com membros em particular da Ânglia ou qualquer outro lugar. Todas as instruções serão providenciadas mediante aplicação à sede na Caledônia, bem como os manuscritos supridos nessa Ordem, e os exames administrados.

Os membros são convidados a fortalecer, e não enfraquecer, a sua autoridade central, e a trabalhar em harmonia.

Aprovado pelo Adepto Chefe da Ordem, G.H. Frater D.D.C.F. 7=4. (Setembro de 1897, Revisado em 1898.)


Todo membro da Ordem Interna foi admitido pela permissão do Adepto Chefe, e todo membro só mantém sua afiliação pela aprovação contínua do Adepto Chefe na Britânia.

Não há taxa de admissão, nem anuidade. Mas assim como os Chefes se responsabilizaram por algumas despesas, estabelecendo e mantendo uma Casa para a Ordem em Londres, eles antecipam que todo membro deverá ajudar a manter a Ordem, de acordo com seus meios, e suprir os fundos necessários para a manutenção geral da Casa, as despesas de assembleias, e a expansão da Biblioteca.

O Adepto Chefe – o G.H. Frater D.D.C.F. – agora é a fonte de toda instrução oficial. O Adepto Chefe Encarregado, o G.H. Frater N.O.M., é seu Oficial executivo. Além disso, ele agora ocupa o cargo de Secretário da Segunda Ordem, e todas as comunicações e pedidos devem ser endereçados a ele. A M.H. Soror Shemeber atua como Secretária Adjunta para fiscalizar a circulação de Rituais, etc.

A continuidade da participação na Segunda Ordem implica um contrato de retornar ao Secretário sob demanda, ou por desistência, demissão ou expulsão, todos os documentos, rituais, pergaminhos, implementos e insígnias possuídos como um Adeptus Minor.

A Adesão também implica em um parecer favorável ao direito do Adepto Chefe de publicar para todos os outros membros o fato e a causa de qualquer suspensão, desistência, demissão ou expulsão da Segunda Ordem.

Espera-se que todo membro participe da Cerimônia Anual no Dia de Corpus Christi, ou que envie ao Secretário, antes da data da assembleia, uma justificativa razoável para a ausência. O fato da existência de uma Casa para a Segunda Ordem, bem como o endereço da mesma, deverão ser preservados como um segredo face a todos os membros da Ordem Externa da Golden Dawn, tanto quanto daqueles fora dos limites da Ordem.

Os Adepti reunidos na Casa formam um Conselho que pode tomar conhecimento de todos os assuntos que afetam o bem-estar da Ordem da Golden Dawn e da Segunda Ordem. Eles podem reportar qualquer Resolução a qual se chegou por uma maioria de dois terços dos presentes, em qualquer conselho, ao Secretário, que deve apresentar a Resolução ao Adepto Chefe, mas esse Conselho deve ser apenas representativo.

A afiliação na Segunda Ordem implica em um desejo e um esforço para progredir nos estudos especiais ali ensinados. Assim como na Ordem Externa, a Lista de Membros será revista uma vez por ano, e se os G. H. Chefes considerarem que qualquer membro não conseguiu realizar os esforços necessários para progredir como razoavelmente pode-se esperar, eles podem convocar o membro para dar uma explicação. Se a explicação não for considerada satisfatória, ela pode ser seguida de suspensão, ou um decreto de degradação ao grau de Senhor do Portal, ou da cessação da afiliação.

Ofensas contra os termos do Juramento de Adeptus Minor são consideradas de extrema gravidade, enquanto a infração de regulamentos executivos, a menos que repetidos e sem defesa, serão consideradas de importância menos grave. Os Chefes esperam que as diferenças em particular entre os membros serão amigavelmente resolvidas em privado, já que eles não têm nenhum desejo de interferir em tais assuntos.

Os membros devem ser sempre muito cuidados para não mostrar qualquer desrespeito aos sentimentos religiosos pessoais de outros membros.

Eventualmente serão postos avisos na Biblioteca, em referência a regulamentos menores, ao preço dos livros, e à realização de aulas para instrução.

Sempre que um Adepto escreve para outro Adeptus Minor sobre assuntos da Segunda Ordem, ele deve colocar o selo no envelope de uma maneira peculiar: ou seja, no canto de costume, mas com o selo virado de modo que o rosto olhe para cima – como C.R.C. no Pastos.

Você é particularmente convidado a pensar e falar sempre com tolerância e respeito sobre todas as outras Escolas do verdadeiro Ocultismo e da Filosofia Oriental, em contraste com o Hermetismo e a fraternidade Rosacruz.

É melhor que as obras da escola de Lake Harris sejam evitadas. O H. B of L. é condenado, já que claramente são ensinamentos luciferianos ou paladistas. A chamada Rose Croix de Sir Peladan é considerada como uma perversão ignorante do Nome, que não contém nenhum conhecimento verdadeiro e nem mesmo é digna do título de uma ordem oculta. A Missa Negra é, naturalmente pela sua própria confissão, da escola de magia maligna. Os Martinistas, desde que respeitem os ensinamentos de seu Fundador, não devem estar fora de sintonia com a R.R. et A.C.

Regras para a condução do progresso de um membro através do sub-grau de Zelator do grau de Adeptus Minor:

Primeira Etapa – Neófito Adeptus Minor

1. Cerimônia de admissão. Depois disso, recebe o Ritual A que consiste de instruções gerais.

O Ritual do Adeptus Minor deve ser minuciosamente estudado e as cláusulas do Juramento que se referem às Sephiroth devem ser memorizadas.

2. Ritual do Pentagrama. Memoriza o sistema.

3. Ritual do Hexagrama. Memoriza o sistema.

4. Recebe o Ritual U, o Microcosmo, para ser atentamente estudado, embora não memorizado.

5. Recebe o Ritual Z-1 e Z-3.

6. Recebe o Ritual D e constrói a Baqueta da Lótus, a ser consagrada após a aprovação do Chefe Encarregado.

7. Recebe os Rituais E e F, e constrói a Rosa-Cruz, e a consagra após a aprovação como antes.

8. Recebe o Ritual G, e constrói e consagra as cinco Ferramentas como antes.

9. Recebe o Ritual K, a Cerimônia de Consagração. E M – a Visão de Hermes e Figuras Lineares, e W – Hodos Chamelionis.

10. Recebe e estuda os Pergaminhos Voadores 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, a qualquer momento durante a primeira etapa.

O Adepto deve passar pelos Exames marcados em A e B no final desta primeira etapa, e, assim, tornar-se um Zelator Adeptus Minor.

(Observação: Com a permissão do Adepto Chefe, o 6, 7 e 8 podem ser feitos imediatamente após o 3. Em seguida, 4 e 5).

Segunda Etapa – Zelator Adeptus Minor

11. Recebe e estuda os Pergaminhos Voadores 11, 12, 14, 20, 21, 26, 28, 29, 30, e pode agora passar pelos exames C, G e E.

Terceira Etapa – Sistema do Tarô

12. Recebe e estuda os Rituais N, O, P, Q, R. Deve passar agora pelos Exames G, C e D.

Quarta Etapa – Sistema Enoquiano

13. Recebe e estuda os Rituais H, S, T, X, Y. Deve passar agora pelo exame F.

Quinta Etapa

14. Recebe e estuda os Rituais Z-2, e pratica a Consagração e a Invocação.Deve passar no Exame H. É necessário o sucesso prático nos Cerimoniais do Z-2.

Esses Rituais e Pergaminhos Voadores podem ser enviados por correio cobertos e fechados para evitar inspeção. Os membros devem devolvê-los de modo semelhante. Se não forem registrados, eles serão responsáveis ​​por substituí-los em caso de perda em trânsito.

Quando um documento é marcado com “Para ser mantido por ... dias” este prazo não deve ser excedido.

Após a conclusão deste curso de estudos e da passagem dos oito exames mencionados, os Adeptos Chefe poderão, a seu critério, admitir o Zelator Adeptus Minor ao subgrau de Theoricus Adeptus Minor. Mas não existe o direito real a tal grau maior. Este curso pode ser concluído em dois anos.

Os exames levando dos sub-graus de Neófito e Zelator Adeptus Minor ao sub-grau de Theoricus Adeptus Minor.

Os exames são em parte orais, em parte por escrito na presença do Examinador e em parte por escrito em casa. Neste último caso, os manuscritos podem ser consultados, mas nenhuma assistência pessoal pode ser obtida sob a pena de completa rejeição.

Nenhum Adepto será admitido ao sub-grau de Theoricus Adeptus Minor, a menos que ele demonstre um conhecimento competente de cada um desses assuntos. Os Adeptos que passaram nos exames são obrigados a abster-se de fornecer informações, quanto às questões e procedimentos que tenham passado a qualquer outro Adepto até que ele tenha passado pelo mesmo exame. A ordem de passar os exames já foi definida.

Reserva-se ao Examinador o direito de criar regulamentações adicionais quanto aos procedimentos após fracassos em passar nestes exames, ou pode subsequentemente insistir que os Exames sejam realizados em alguma ordem diferente do que a já estabelecida.

Z.A.M. a Th.A.M.

Oito Exames

A. Preliminar

Parte I escrita. Parte 2 oral e prático na presença do Examinador. Nenhuma parte em casa.

O Juramento, prova de familiaridade com todas as cláusulas.

Diagramas do Minutum Mundum. Nomes, Letras, Cores, Tarô, com atribuições do Tarô às Sephiroth e Caminhos.

Sigilos da Rosa Cruz. Desenha o Sigilo para qualquer nome dado.

Ritual Supremo do Pentagrama. Alocação dos elementos, nomes e forças; modo de desenhar algum ou todos.

Na Parte 1, os Cerimoniais devem mostrar “efeito”, bem como precisão verbal.

B. Elemental

Parte I escrita e Parte 2 oral na presença do examinador. Nenhuma parte em casa.

Os Implementos Mágicos. Espada, Taça, Baqueta, Adaga, Pantáculo e Baqueta da Lótus. A construção, constituição e simbolismo destes, e as regras para seu uso. Os perigos da construção imperfeita e do uso ignorante. As Cerimônias de Consagração, as Fórmulas de Invocação.

Z.A.M. a Th.A.M.

C. Psíquico

Visão do Espírito e Projeção Astral.

Parte 1. Na presença do Examinador, ao vivo e prático. Descreve os resultados obtidos do símbolo fornecido. Julgamento de cartas de Tattwa e visões a partir das cartas de Tattwa.

Parte 2. Na ausência do Examinador, se desejar poderá ser assistido por manuscritos e lições, mas sem assistência pessoal. Ensaios escritos sobre a experiência com os símbolos de Tattwas, feitos pelo Candidato, mas escolhidos pelo Examinador.

Z.A.M. a Th.A.M.

D. Divinação

Astrologia, Geomancia, Tarô. A prática da Divinação por estes três sistemas. Parte 2. Divinação por todos os três esquemas sobre um determinado assunto. Informar por escrito, a ser feito em casa – sem assistência pessoal.

Parte 3. Um exame suplementar ao vivo, se necessário.

Z.A.M. a Th.A.M.

E. Magia

Talismãs e Placas Cintilantes – sua formação e consagração. Ascensão nos planos. Formação de Figuras Angelicais e Telesmáticas a partir das Letras do Nome fornecido.

Modo de pronunciar Nomes Divinos vibrando. A própria vibração de ADONAI HA-ARETZ até que se estabeleça o esplendor da Aura.

Parte 1. Realizar a Cerimônia de Invocação ou Banimento das forças de qualquer Signo, Planeta ou Elemento dado.

A partir de um determinado símbolo, viajar ao Plano e ascender vibrando os Nomes adequados, etc. Vibração de ADONAI HA-ARETZ até que a radiância seja o suficiente.

Parte 2. Em casa. Fazer e consagrar um Talismã para um determinado propósito. Fazer e carregar três placas cintilantes, a saber: de um Elemento, de um Planeta e de um Signo.

Desenhar e colorir figuras Angelicais ou Elementais apropriadas para estes, conforme seja necessário.

Z.A.M. a Th.A.M.

F. Tábuas Elementais Enoquianas

Especialmente o quadrado de 10 Serventes de cada Ângulo Menor quanto aos Anjos, Esfinge e Deus. O jogo de xadrez, a relação das peças com o Tarô, etc., conforme ensinado nos Rituais Y1. e Y2.

Parte 1. Escrito, na presença do Examinador. Capacidade de completar todas as atribuições de um determinado Ângulo Menor. Ao vivo, se necessário.

Parte 2. Relatório escrito da visita Astral a determinados quadrados, com as construções e cores da divisão de cada quadrado, e os desenhos adequados e coloridos do Anjo, Esfinge e Deus da Pirâmide, conforme a necessidade.

Z.A.M. a Th.A.M.

G. Símbolos

Símbolos e Fórmulas do Ritual do Neófito. Explicar todas as alusões de qualquer parágrafo e o simbolismo de qualquer Robe, Lámen, Baqueta ou Ação. Também as Palavras Secretas do Neófito e o Alfabeto Copta.

Ao vivo e por escrito na presença do Examinador, a critério dele.

Consagração e Evocação.

Uma cerimônia baseada nas Fórmulas do Ritual Z2 deve ser realizada diante do Examinador, e deve receber sua aprovação quanto ao método, execução e efeito.

O Adepto Chefe responsável deseja que cada Adepto adquira um pequeno caderno, e anote para si os títulos e subdivisões de todos os Exames, com esta frase escrita para cada exame:

Eu, abaixo assinado, neste dia certifico que examinei devidamente e estou satisfeito com as consecuções que foram demostradas”.

Este livro deve ser mostrado em cada exame, e também na admissão ao Grau de Theoricus Adeptus Minor.

Th.A.M. a P.A.M.

H. Notas Preliminares

Todo Th.A.M. deve fazer, adaptar ou consagrar por si só o Anel e o Disco de um Theoricus para uso na Divinação e nas Consultas. O mesmo Anel e/ou similiar, deve ser usado como um símbolo de seu Grau, suspenso de uma fita de uma ou de todas as quatro cores de Malkuth.

Ele ou ela deve estudar e praticar cuidadosamente os seguintes temas, sobre os quais um rigoroso exame terá que ser passado antes que o Grau de Practicus Adeptus Minor possa ser obtido.

1. Um estudo cuidadoso do simbolismo contido no Ritual do Zelator da Primeira Ordem, de modo a ser capaz de explicar qualquer parte do mesmo. Uma lição sobre esse assunto será disponibilizada.

2. Um desenvolvimento do Sentido de Clariaudiência na Visão do Espírito.

3. O conhecimento do Ritual das 12 portas na Vidência e Viagem na Visão do Espírito, respondendo ao Diagrama da Mesa dos Pães da Proposição.

4. O método de Colocar o Brilho Branco Divino em Ação por certo Ritual de Ascensão e Declive.

5. Estudo e análise cuidadosos e elaborados sobre os quatro quadrados acima das Cruzes do Calvário em cada Ângulo Menor das quatro Tábuas Enoquianas, e sua influência quando combinados com os Quadrados Serventes de cada Ângulo Menor.

6. Desenvolvimento do emprego e uso de Telesmata e Símbolos.

7. Da combinação de diferentes forças de modo a conciliar a sua ação no mesmo símbolo de Telesma.

8. A Arte Egípcia da Formulação de uma série de imagens combinadas de Deuses ou Forças, de modo a ter o efeito de uma Oração ou Invocação contínua para obter o Poder desejado.

9. O conhecimento de ShDIALchi ou a Arte de obter, em qualquer trabalho, a forma-deus que governa o mesmo, por meio da identificação com uma figura telesmática.

10. O verdadeiro sistema de Divinação Astrológica.

11. Da correspondência que existe entre cada uma das 16 figuras geomânticas e cada um dos 16 ângulos menores das Tábuas Enoquianas tratados como um todo.

12. Divinação do Tarô traduzida em Ação Mágica.

13. O Conhecimento do Ritual Secreto do simbolismo da ordem dos Dias da Semana da Criação, respondendo ao Diagrama do Candelabro de Sete Braços.

14. O conhecimento elementar Completo das Fórmulas do Despertar das Moradas, por meio do Jogo ou Raiar dos Tabuleiros dos Ângulos Menores das Tábuas Enoquianas.

15. A abertura do conhecimento das Potências Masculinas e Femininas necessárias à manifestação de todas as coisas simbolizadas na figura da Espada Flamejante entre MTTRVN e SNDLPVN.


Traduzido por Alan Willms

Gostou deste artigo?
Contribua com a nossa biblioteca