B – Ritual do Pentagrama

Este artigo é um capítulo de Os Documentos de A a Z

Instruções avançadas sobre o Ritual do Pentagrama.

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B:
Ritual do Pentagrama

O Pentagrama é um símbolo poderoso que representa a operação do Espírito Eterno e dos Quatro Elementos sob a Presidência divina das letras do Nome Yeheshuah. Os próprios elementos no símbolo da Cruz são governados por YHVH. Mas ao adicionar a ele a letra Shin, que representa o Ruach Elohim, o Espírito Divino, o Nome torna-se Yeheshuah ou Yehovashah – este último quando a letra Shin é colocada entre a letra que rege a Terra e as outras três letras de Tetragrammaton.

Portanto, de cada ângulo côncavo do Pentagrama é emitido um raio, representando uma radiação do Divino. Desta forma, ele é chamado de Pentagrama Flamejante, ou Estrela da Grande Luz, em afirmação das forças da Luz Divina ali encontradas.

Traçado como um símbolo do bem, deve ser posicionado com uma única ponta para cima, representando a regência do Espírito Divino. Pois se tu o desenhares com duas pontas para cima, ele é um símbolo maligno, afirmando o império da matéria sobre o Espírito Divino, que deveria governá-la. Cuidado para não fazê-lo.

No entanto, pode surgir uma necessidade absoluta de trabalhar ou conversar com um Espírito de natureza maligna, e para mantê-lo diante de ti sem atormentá-lo, tu deves empregar o símbolo do Pentagrama invertido – (pois, saibas bem, tu não tens o direito de injuriar ou ferir até mesmo os Espíritos malignos para satisfazer a curiosidade ou o capricho) – nesse caso, tu deves segurar a lâmina de tua Espada Mágica no ponto mais baixo do Pentagrama, até que tu lhe concedas a licença para partir. Além disso, não injuriai os espíritos malignos – mas lembrai-vos de que o Arcanjo Miguel, de quem fala São Judas, ao enfrentar Satanás, não ousou trazer uma acusação contra ele, mas disse: “O Senhor te repreenda”.

Agora, se tu queres desenhar o Pentagrama para ter consigo como um símbolo, tu o farás das cores já ensinadas, sobre a terra negra. Haverá o sinal do Pentagrama, da Roda, do Leão, da Águia, do Boi e do Homem, e há um ângulo atribuído a cada um deles para seu domínio. Daí surge o Ritual Supremo do Pentagrama, de acordo com o ângulo a partir do qual o Pentagrama é traçado. O círculo ou Roda responde ao Espírito que tudo permeia; O laborioso Boi é o símbolo da Terra; O Leão é a veemência do Fogo; A Águia, a Água voando alto como se com asas quando ela é vaporizada pela força do calor; O Homem é o Ar, sutil e pensativo, penetrando as coisas ocultas.

Sempre complete o círculo do local antes de iniciar uma invocação.

As correntes que vão do Fogo ao Ar e da Terra à Água são as do Espírito – a mediação dos Elementos Ativos e Passivos. Estes dois Pentagramas do Espírito devem preceder e fechar as Invocações como o equilíbrio dos Elementos, e estabelecer a harmonia de sua influência. Ao fechar, estas correntes são invertidas.

Eles são os Pentagramas de invocação e banimento do Espírito. O Sigilo da Roda deve ser traçado em seu centro. No Pentagrama de invocação da Terra, a corrente desce do Espírito para a Terra. No Pentagrama de banimento, a corrente é invertida. O Sigilo do Boi deve ser traçado no centro. Esses dois Pentagramas são de uso geral para invocação ou banimento, e seu uso é dado ao Neófito da Ordem da Aurora Dourada sob o título de Ritual Menor do Pentagrama.

Esse Ritual Menor do Pentagrama só é útil em invocações gerais e menos importantes. Seu uso é permitido na Externa para que os Neófitos possam ter proteção contra forças opostas, e também para que eles possam ter alguma ideia de como atrair e entrar em comunicação com coisas espirituais e invisíveis. O Pentagrama de Banimento da Terra também te servirá para qualquer força Astral oposta. Em todos os casos, ao traçar um Pentagrama, o ângulo deve ser cuidadosamente fechado no ponto final.

O Pentagrama de invocação do Ar começa a partir da Água, e o da Água começa a partir do Ângulo do Ar. Os Pentagramas do Fogo e da Terra começam do ângulo do Espírito. O símbolo Kerúbico do Elemento deve ser traçado no centro. Os Sinais de banimento são o reverso da corrente. Mas, antes de tudo, complete o círculo do local em que trabalhas, visto que isso é a chave do resto.

A menos que tu queiras confinar ou limitar a força, não fazei um círculo em volta de cada Pentagrama, a não ser verdadeiramente para o propósito de traçar o Pentagrama. No entanto, ao concentrar a força sobre um símbolo ou Talismã, tu farás o círculo com o Pentagrama sobre ele de modo a concentrar a força nele.

REGRA: Invoque indo na direção da ponta à qual o Elemento é atribuído, e bana a partir dela. O Ar tem um símbolo aquoso, (Aquário), porque ele é o recipiente da chuva e da umidade. O Fogo tem a forma da Leão-Serpente (Leão). A Água tem a Águia alquímica da destilação (Cabeça de Águia). A Terra tem o laborioso Boi (Touro). O Espírito é produzido por Aquele operando em todas as coisas. Os Elementos vibram entre os pontos cardeais porque eles não têm uma morada imutável ali, embora sejam atribuídos aos Quatro Quadrantes em sua invocação nas Cerimônias da Primeira Ordem. Essa atribuição é derivada da natureza dos ventos. Pois o Vento Leste é mais especialmente da Natureza do Ar. O Vento Sul coloca em ação a natureza do Fogo. Os Ventos do Oeste trazem com eles a umidade e a chuva. Os Ventos do Norte são frios e secos como a Terra. O Vento Sudoeste é violento e explosivo – a mistura dos elementos contrários Fogo e Água. Os ventos Noroeste e Sudeste são mais harmoniosos, unindo a influência dos dois elementos ativos e passivos. Contudo, sua posição natural no zodíaco é: Fogo no leste, Terra no sul, Ar no oeste, e Água no norte. Desta forma, eles vibram: Ar entre o oeste e o leste. Fogo entre o leste e o sul. Água entre o norte e o oeste. Terra entre o sul e o norte. Também vibra o Espírito, entre a Altura e a Profundidade. De modo que, se tu invocas, é melhor olhar para a posição dos ventos, já que a Terra, sempre girando em seus pólos, está mais sujeita à sua influência. Mas se tu entrares na Visão do Espírito até sua morada, é melhor para ti tomar a sua posição no Zodíaco. O Ar e a Água têm muito em comum, porque um é o recipiente do outro, portanto em todos os tempos os seus símbolos foram transferidos, e a Águia atribuída ao Ar e Aquário à Água. No entanto, é melhor que eles sejam atribuídos conforme antes afirmado e o motivo disto é que o sinal de invocação de um e o sinal de banimento do outro são intercambiáveis no Pentagrama. Quando tu tratares do Pentagrama do Espírito, darás os sinais de saudação do Grau de Adeptus Minor, e para a Terra o Sinal de Zelator, e para o Ar o de Theoricus, e para a Água o de Practicus, e para o Fogo o de Philosophus. Se tu usares o Pentagrama para invocar ou banir as forças Zodiacais, tu deverás usar o Pentagrama do Elemento ao qual o Signo é atribuído, e traçará em seu centro o Sigilo usual do Signo, desta forma:

E sempre que tu traçares um Sigilo de qualquer natureza, tu deves começar pelo lado esquerdo do Sigilo ou símbolo, traçando-o em um movimento horário.

Sempre que invocares as forças dos Signos Zodiacais, de maneira distinta dos Elementos, deverás erigir um mapa astrológico dos Céus para o momento do trabalho, para que possas saber para que lado ou direção tu deverás te voltar durante a operação. Pois o mesmo Signo pode estar no leste em um momento do dia e no oeste em outro.

Sempre que tu te preparares para iniciar qualquer trabalho ou operação mágica, será aconselhável a ti que limpe e consagre o local de trabalho executando o Ritual Menor de Banimento do Pentagrama. Em certos casos, especialmente quando se trabalha pelas ou com as forças dos Planetas, pode ser sábio também utilizar o Ritual Menor de Banimento do Hexagrama.

Para que uma Força e uma Corrente e uma Cor e um Som possam ser unidos no mesmo símbolo, a cada ângulo do Pentagrama são atribuídos certos Nomes Divinos Hebraicos e Nomes das Tabelas Angélicas. Estes devem ser pronunciados com os Pentagramas de invocação e banimento como podes ver neste diagrama.

As atribuições dos ângulos do Pentagrama são a chave de seu Ritual. Nesse caso, durante a invocação ordinária sem o uso das Tábuas Enoquianas dos Elementos, tu pronunciarás o Nome Divino AL com o Pentagrama da Água, e Elohim com o do Fogo, etc. Mas se estiveres trabalhando com as Tábuas Elementais ou Enoquianas, tu usarás os Nomes Divinos na linguagem Angélica donde foram tirados. Para a Terra, Emor Dial Hectega, etc., e para o Espírito as quatro palavras: Exarp no leste; Hcoma no oeste: Nanta no norte; e Bitom no sul.

Na pronúncia de todos estes Nomes, inspirarás profundamente e os vibrará tanto quanto possível interiormente com a expiração, não necessariamente em voz alta, mas com vibração forte assim: Aaa-el-Il (Dado que este nome Divino consiste apenas em Duas letras, eu consistentemente faço uma prática de vibrar as letras separadamente, a saber, Aleph Lamed, daí o som como indicado anteriormente). Ou Em-or-r Di-a-ll Hec-te-e-gah. Se quiseres, podes também traçar as letras ou Sigilos destes Nomes no Ar.

Para invocar as forças dos Quatro Elementos de uma só vez, nos Quatro Quadrantes, comece no leste e trace o Pentagrama de equilíbrio dos Ativos e o Pentagrama de Invocação do Ar e pronuncie os Nomes adequados. Em seguida, arraste a ponta de tua baqueta para o sul e trace o Pentagrama de equilíbrio dos Ativos e o Pentagrama de invocação do Fogo e pronuncie os Nomes adequados. Então, passe para o oeste, trace o Pentagrama de Equilíbrio dos Passivos e o Pentagrama de Invocação da Água e pronuncie os Nomes adequados; então para o norte, trace o equilíbrio dos Passivos e o Pentagrama de invocação da Terra, pronuncie os Nomes adequados e complete o círculo do local.

Da mesma maneira tu banirás, a menos que desejas reter alguma das Forças por algum tempo. Todas as invocações serão abertas e fechadas com a Cruz Cabalística: Em certos casos, outros Nomes, como os de Anjos e Espíritos, podem ser pronunciados em direção a seus quadrantes apropriados e seus Nomes e Sigilos traçados no Ar.

Se tu trabalhares com apenas um Elemento, tu farás – (se for um elemento Ativo como Fogo ou Ar) – o Pentagrama de equilíbrio apenas para os Ativos e o Pentagrama de invocação do próprio Elemento, e não os dos outros Elementos. Se for um Elemento Passivo – Terra ou Água – tu farás somente o Pentagrama de Equilíbrio dos passivos, e o Pentagrama de banimento e de invocação seguem a mesma lei. Além disso, verifique que tu pronuncias os Nomes adequados com os Pentagramas adequados.

Ritual Supremo do Pentagrama de Invocação

Vire-se para o leste.
Faça a Cruz Cabalística.

Faça o Pentagrama do Espírito Ativo Equilibrado.
Vibre Exarp ao fazer o Pentagrama.
Vibre Eheieh ao fazer a Roda.
Termine com os Sinais do grau de Adeptus Minor.

Faça o Pentagrama de Invocação do Ar.
Vibre Oro Ibah Aozpi ao fazer o Pentagrama.
Vibre YHVH ao fazer o sigilo de Aquário.
Termine com o Sinal do grau de Theoricus.
Leve a ponta do instrumento ao sul.

Faça o Pentagrama do Espírito Ativo Equilibrado.
Vibre Bitom ao fazer o Pentagrama.
Vibre Eheieh ao fazer Roda.
Dê os Sinais do grau de Adeptus Minor.

Faça o Pentagrama de Invocação do Fogo.
Vibre Oip Teaa Pedoce ao fazer o Pentagrama.
Vibre Elohim ao fazer o sigilo de Leão.
Dê o Sinal do grau de Philosophus.
Leve a ponta do instrumento ao oeste.

Faça o Pentagrama do Espírito Passivo Equilibrado.
Vibre Hcoma ao fazer o Pentagrama.
Vibre Agla ao fazer a Roda.
Dê os Sinais do grau de Adeptus Minor.

Faça o Pentagrama de Invocação da Água.
Vibre Empeh Arsel Gaiol ao fazer o Pentagrama.
Vibre AL ao fazer a Cabeça de Águia.
Dê o Sinal do grau de Practicus.
Leve a ponta do instrumento ao norte.

Faça o Pentagrama do Espírito Passivo Equilibrado.
Vibre Nanta ao fazer o Pentagrama.
Vibre Agla ao fazer a Roda.
Dê os Sinais do grau de Adeptus Minor.

Faça o Pentagrama de Invocação da Terra.
Vibre Emor Dial Hectega ao fazer o Pentagrama.
Vibre Adonai ao fazer o sigilo de Touro.
Dê o Sinal do grau de Zelator.
Leve a ponta do instrumento ao leste.

Termine no leste como no Ritual Menor do Pentagrama, com os Quatro Arcanjos e a Cruz Cabalística.


Traduzido por Alan Willms

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