C – Ritual do Hexagrama

Este artigo é um capítulo de Os Documentos de A a Z

Instruções avançadas sobre o Ritual do Hexagrama e suas correspondências com os Planetas clássicos.

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C – Ritual do Hexagrama

O Hexagrama é um símbolo poderoso que representa a operação dos Sete Planetas sob a presidência das Sephiroth, e do Nome de sete letras, ARARITA. O Hexagrama às vezes é chamado de Estrela do Sinete ou Símbolo do Macrocosmo, assim como o Pentagrama também é chamado de Estrela do Sinete ou Símbolo do Microcosmo. ARARITA é um nome divino de Sete letras formadas pelas iniciais hebraicas da frase:

Um é seu princípio. Uma é sua individualidade. Sua permutação é uma.

Como no caso do Pentagrama, a partir de cada ângulo côncavo do Hexagrama é emitido um raio representando uma radiação do divino. Portanto, ele é chamado de Hexagrama Flamejante ou Estrela do Sinete de seis raios. Geralmente, ele é traçado com uma única ponta no topo. Ele não é um símbolo maligno com duas pontas para cima, e este é um ponto de diferença em relação ao Pentagrama.

Agora, se fizeres o Hexagrama para tê-lo contigo como um símbolo, tu deves fazê-lo nas cores já ensinadas e sobre um fundo preto. Estas são as Forças Planetárias atribuídas aos Ângulos do Hexagrama.

  Escala do ReiEscala da Rainha
Ao mais superiorÍndigoPreto
Ao mais inferiorAzulPuce
Ao superior direitoVioletaAzul
Ao inferior direitoVerdeVerde
Ao superior esquerdoVermelhoVermelho
Ao inferior esquerdoAmareloLaranja
No centro está o SolLaranjaDourado

A ordem de atribuição é a das Sephiroth sobre a Árvore da Vida. Daí surge o Ritual Supremo do Hexagrama de acordo com os ângulos a partir dos quais ele é traçado.

O ângulo mais alto responde também a Daath e o mais baixo a Yesod, e os outros ângulos aos ângulos restantes do Microprosopus. O Hexagrama é composto dos dois triângulos, de Fogo e de Água, portanto, não é traçado em uma linha contínua como o Pentagrama, mas por cada Triângulo separadamente.

Todos os Hexagramas de invocação seguem o curso do Sol em sua corrente, isto é, da esquerda para a direita. Mas os hexagramas de banimento são traçados da direita para a esquerda, a partir do mesmo ângulo que seus respectivos Hexagramas de invocação, contrário ao curso do Sol. O Hexagrama de qualquer Planeta em particular é traçado em dois Triângulos, o primeiro a partir do ângulo do Planeta, o segundo a partir do ângulo oposto ao ângulo inicial do primeiro. Então o Símbolo do próprio Planeta é traçado no centro. Desta forma, no caso do Hexagrama de invocação de Saturno, o primeiro triângulo é traçado a partir do ângulo de Saturno, seguindo o curso do Sol; o segundo triângulo a partir do ângulo da Lua.

(Na prática, trace apenas o símbolo planetário central – os outros símbolos só são mostrados no diagrama para fins de ilustração.) Vibre Ararita enquanto traça o Hexagrama e o Nome Divino do Planeta ao traçar seu símbolo.

Mas o Hexagrama de invocação da Lua é traçado primeiramente a partir do ângulo da Lua, seu segundo ângulo sendo traçado a partir do triângulo de Saturno.

O Hexagrama de banimento para Júpiter, por exemplo, é traçado a partir do mesmo ângulo que o Hexagrama de invocação, e na mesma ordem, mas revertendo a direção da corrente. Em todos os casos o Símbolo do Planeta deve ser traçado no centro.

Lembre-se de que o símbolo da Lua varia, e a Lua crescente é favorável. Mas a Lua não é tão favorável para o bem em sua fase minguante. O símbolo da Lua no centro do Hexagrama deve ser traçado se for crescente; pelo reverso quando minguante. Lembre-se de que o símbolo em sua fase minguante representa restrição e não é um símbolo tão bom quanto a Lua crescente. E exatamente na Lua cheia ela é representada por um círculo completo, mas na Lua nova por um círculo negro.

Em muitos casos, as duas últimas formas da Lua não são boas. Se tu queres invocar as Forças da Cabeça do Dragão da Lua, tu traçarás o Hexagrama invocando a Lua e escreverás dentro dele o símbolo de Caput Draconis, e para a cauda o de Cauda Draconis. Essas Forças de Caput e Cauda são mais fáceis de serem invocadas quando o Sol ou a Lua estiverem em conjunção com eles no Zodíaco. Nestas invocações, tu pronunciarás os mesmos Nomes e Letras que são dados com o Hexagrama Lunar. Caput é de um caráter benevolente, e Cauda maléfico, salvo em muito poucos assuntos. E sejas muito cuidadoso ao lidar com essas forças de Caput e Cauda, ou com as do Sol e da Lua, durante o período de um eclipse, pois eles são os Poderes de um eclipse. Para que ocorra um eclipse, tanto o Sol quanto a Lua devem estar em conjunção com eles no Zodíaco, estando estes dois luminares ao mesmo tempo em conjunção ou oposição um em relação ao outro.

Em todos os Rituais do Hexagrama, bem como nos do Pentagrama, tu completarás o círculo do lugar. Tu não deves traçar um círculo externo ao redor de cada Hexagrama, a menos que desejar confinar a força em um único lugar – como no carregamento de um Símbolo ou Talismã.

Da atribuição dos Planetas, um a cada ângulo do Hexagrama, verás a razão da simpatia existente entre cada planeta superior e certo Planeta inferior. Ou seja, aquele que é exatamente oposto no Hexagrama. E é por esta razão que o Triângulo dos seus Hexagramas de invocação e banimento são permutados. Os planetas superiores são Saturno, Júpiter e Marte. Os planetas inferiores são Vênus, Mercúrio e Lua. E no meio está colocado o Fogo do Sol. Portanto, o Saturno superior e a Lua inferior são simpáticos, assim como Júpiter e Mercúrio, e Marte e Vênus.

No Ritual Supremo do Hexagrama devem ser dados os Sinais do Grau de Adeptus Minor, mas não os dos Graus da Primeira Ordem, embora eles sejam usados no Ritual Supremo do Pentagrama. E uma vez que o Hexagrama é a Estrela do Sinete do Macrocosmo ou do Mundo Superior, ele deve ser empregado em todas as invocações das Forças das Sephiroth: embora a Estrela do Sinete do Pentagrama represente sua operação no Mundo da Lua, nos Elementos e no Homem

Se tu queres lidar com as Forças da Tríade Superna das Sephiroth, utilizarás os Hexagramas de Saturno; para Chesed os de Júpiter, para Geburah os de Marte; para Tiphareth os do Sol, e para Netzach os de Vênus, e para Hod os de Mercúrio, e para Yesod e Malkuth os da Lua.

Saiba também que as Sephiroth não devem ser invocadas em qualquer pequena ocasião, mas apenas com o devido cuidado e solenidade. Acima de tudo, as forças de Kether e Chokmah exigem a maior pureza e solenidade de coração e mente naquele que penetraria seus mistérios. Pois tão alto conhecimento só pode ser obtido por aquele cujo Gênio possa suportar estar na Presença dos Santos. Assegura-te de que usas os Nomes Divinos com toda reverência e humildade, pois maldito é aquele que toma o Nome d’O Vasto em vão.

Quando traçares o Símbolo de um Planeta no centro de um Hexagrama, tu o farás de um tamanho proporcional ao interior do Hexagrama, e o traçarás geralmente da esquerda para a direita seguindo o curso do Sol, tanto quanto possível. Caput e Cauda Draconis podem seguir a regra geral.

Quando tu invocares as Forças de um Planeta em particular ou a de todos eles, tu te voltarás para o Quadrante do Zodíaco onde o Planeta então estiver. Devido tanto ao seu movimento constante no Zodíaco quanto ao movimento diário do mesmo, a posição de um Planeta está em constante mudança e, portanto, em tal caso é necessário erigir um mapa astrológico da posição dos Planetas no céu para o momento de fato do trabalho, para que possas ver a direção de cada Planeta relativa a ti. Isto é mais necessário quando se trabalha com os Planetas do que quando se trabalha com os Signos do Zodíaco.

Quando desejardes purificar ou consagrar qualquer lugar, executarás o Ritual Menor de Banimento do Hexagrama, seja em conjunto ou ao invés daquele do Pentagrama, de acordo com as circunstâncias do caso. Por exemplo, se tu trabalhaste no plano dos Elementos antes, será bom realizar o Ritual Menor do Pentagrama antes de tu prosseguires com uma obra de natureza Planetária, de modo a limpar completamente os lugares das Forças que, embora não sejam hostis ou más em si, ainda assim não estarão em harmonia com as Forças de um plano completamente diferente. E certifica-te de completar o círculo do lugar onde trabalha.

As Quatro Formas

Estas são as quatro formas assumidas pela união dos dois triângulos do Hexagrama, sobre as quais se baseia o Ritual Menor do Hexagrama.

A primeira forma é:

Os ângulos são atribuídos como no diagrama. Sua afinidade é com o Quadrante Leste; a posição do Fogo no Zodíaco. (Nota: para formar estes a partir do Hexagrama usual, abaixe o triângulo invertido, e então o reverta jogando o ângulo da Lua da posição de baixo para o topo. Marte e Júpiter não mudam de lado.)


A segunda forma é a do Hexagrama ordinário com a atribuição dos ângulos como de costume: a afinidade sendo com o Quadrante Sul, a posição da Terra no Zodíaco e do Sol em sua culminação ao meio-dia.

A terceira forma é:

Os ângulos são atribuídos como mostrado e sua afinidade é com o Quadrante Oeste, a posição do Ar no Zodíaco.

A quarta forma é:


Os ângulos são atribuídos como mostrado e sua afinidade é com o Quadrante Norte, a posição da Água no Zodíaco.

O Nome Ararita deve ser pronunciado com cada uma destas formas. Além disso, como nos casos precedentes, haverá sete modos de traçar cada uma dessas quatro formas, de acordo com o Planeta em particular com cujas Forças tu estiveres trabalhando na ocasião.

Os Hexagramas de Saturno podem ser usados ​​em operações gerais e comparativamente sem importância, mesmo como o Pentagrama. Nestas quatro formas do Hexagrama, tu deverás traçá-las começando no ângulo do Planeta sob cujo regime tu trabalhas, seguindo o curso do Sol para invocar, e invertendo o curso para banir. Ou seja, trabalhando da esquerda para a direita para o primeiro caso e da direita para a esquerda para o segundo. Lembra-te sempre de que os símbolos dos Elementos geralmente não são traçados em Sigilos, mas são substituídos pelos Emblemas Kerúbicos de Aquário, Leão, Touro e a cabeça de Águia.

O Ritual Menor do Hexagrama

Comece com o Sinal da Cruz Cabalística como no Ritual Menor do Pentagrama, e use o tipo de Instrumento Mágico que for necessário de acordo com o tipo de operação, seja a Baqueta da Lótus ou a Espada Mágica.

Fique de pé voltado para o Leste. Se tu desejas invocar, deverás traçar a figura desta forma:

Seguindo o curso do Sol, da esquerda para a direita, pronunciarás o nome Ararita, vibrando-o o máximo possível com a tua respiração e trazendo a ponta do Implemento Mágico ao centro da figura.

Mas se tu desejas banir, tu o traçarás assim:

Da direita para a esquerda, e verificai que tu fechas cuidadosamente o ângulo final de cada triângulo.

Leve teu implemento mágico fazendo um movimento circular até o Sul, e se tu desejares invocar, trace a figura assim:

Mas para banir, faça da esquerda para a direita assim:

Traga como antes a ponta de teu implemento mágico para o centro, e pronuncie o Nome Ararita.

Passe para o Oeste, e trace a figura de invocação assim:

Banindo assim:

Então, para o Norte, Invocando:

Banindo:

Em seguida, volte novamente para o Leste, para completar o círculo do lugar onde tu estás, então dê os sinais de L.V.X. e repita a análise da Palavra Chave I.N.R.I. do Grau de Adeptus Minor.

Adendo

Agora, no Ritual Supremo do Hexagrama, quando tu desejares atrair, além das forças de um Planeta, as de um Signo do Zodíaco em que ele então estiver, tu deves traçar no centro do Hexagrama de Invocação do Planeta o Símbolo do Signo do Zodíaco debaixo do dele; e se isto não for o suficiente, tu também traçarás o Pentagrama de invocação do Signo conforme é explicado no ritual do Pentagrama.

No traçado do Hexagrama de qualquer Planeta, tu pronunciarás com ele de uma maneira vibratória conforme ensinado anteriormente, tanto o Nome Divino da Sephirah que governa o Planeta e o Nome de Sete-Letras Ararita, como também a letra em particular daquele Nome que se refere àquele Planeta em particular.

Agora, se desejares invocar as forças de um Planeta específico, tu descobrirás em que Quadrante dos céus ele estará situado no momento do trabalho. Então consagrarás e guardarás o lugar em que estás pelo Ritual Menor de Banimento do Hexagrama. Então executarás o Ritual Menor de Invocação do Hexagrama, mas seguindo as quatro figuras empregadas a partir do ângulo do Planeta desejado, visto que para cada Planeta o modo de traçar varia. Se ti lidares com o Sol, tu invocarás pelas seis formas da Figura e traçará dentro delas o Símbolo do Planeta e pronunciará o Nome Ararita como foi ensinado.

Então tu te voltarás para o quadrante do Planeta no Céu e traçará seu Hexagrama de invocação e pronunciará os Nomes adequados, e invocará quaisquer Anjos e Forças daquela Natureza que forem necessários, e traçará seus Sigilos no ar.

Quando tu tiveres terminado a tua invocação tu deverás na maior parte dos casos autorizá-los a partir e executar os Símbolos de Banimento sobre ele, que teriam o efeito de descarregá-lo totalmente e reduzi-lo à condição em que estava quando foi feito pela primeira vez – ou seja, morto e sem vida.

Se quiserem trazer à ação os Raios de todos ou de vários Planetas ao mesmo tempo, tu descobrirás seu quadrante no Céu para o momento do trabalho, e traçarás o Ritual Menor de Invocação do Hexagrama, mas sem diferenciá-lo para qualquer Planeta em particular, e então tu te voltarás para os Quadrantes dos respectivos Planetas e invocará suas forças como anteriormente estabelecido; e bane-os quando a invocação for terminada, e concluas com o Ritual Menor de Banimento do Hexagrama. E lembra-te sempre de completar o círculo do lugar onde tu trabalhas, seguindo o curso do sol.


Traduzido por Alan Willms

Próximo capítulo em breve!
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