Registros de 1901

Este artigo é um capítulo de O Templo do Rei Salomão

Os primeiros experimentos de Crowley com Dhāraṇā.

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«Registros de 1901»

Agora que terminamos nosso longo relato da Filosofia Vedānta e das teorias de Yoga que evoluíram diretamente dela, deixaremos a teoria de lado e passaremos aos fatos práticos, e veremos como Frater P. aplicou o conhecimento previamente exposto, provando aquilo em que, até então, ele só podia acreditar.

O que segue é uma tabela condensada de suas práticas de meditação registradas entre janeiro e abril de 1901.

Objeto Meditado. Tempo. Observações.
Globo Alado[1]. 4 min. A meditação inteira foi ruim.
Tejas-Ākāśa[2]. 3 min. Não houve dificuldade em tornar o objeto claro; mas a mente divagava.
Āpas-Vāyu[3]. ? Resultado não muito bom.
Globo Alado e Espada Flamejante[4]. ? A meditação sobre ambos foi apenas razoável.
Pêndulo[5] (N)[6]. ? Bom em relação ao plano mantido pelo pêndulo; mas os pensamentos divagavam.
Globo Alado. ? O resultado foi muito bom.
Tejas-Vāyu (N). ? Razoável.
Ankh[7] (verde). ? Nada mal.
Pentagrama (N). ? Muito bom.
A L.I.L.[8] (N). ? Queimando até a extinção. Muito bom, mas o nível do óleo desceu muito irregularmente[9].
Cruz. ? Resultado razoável.
Cruz. 10m. 15s. Três quebras.
Ísis[10] (N). 18m. 30s. Cinco quebras. Uma prática muito difícil, pois Ísis se comportava como um objeto vivo[11].
Globo Alado. 29m. Sete quebras. O resultado teria sido muito melhor se não fosse por um epiceno eunuco com uma suposta flauta. Minha mente girava em torno de vários métodos para matá-lo.
Tejas-Ākāśa. 18m. Sete quebras.
R.R. et A.C.[12] 19m. Sete quebras.
Pêndulo. ? Após 3m. perdi o controle e desisti.
Globo Alado (N). 10m. Dez quebras[13].
Ovo preto e raio branco entre pilares[14] (N). 10m. Cinco quebras.
Símbolo da Aurora Dourada[15] (N). ? Muito ruim. Frio intenso, poeira, tremores etc., impediam a concentração[16].
Símbolo da Aurora Dourada (N). 10m. Quatro quebras.
R.R. et A.C. 23m. Nove quebras.

Tabela mostrando a forma geométrica dos 25 tatvas
Diagrama 84.
Os Cinco Tatvas, com suas vinte e cinco subdivisões.

Sobre esta entrada em particular, P. escreveu: “Acho que as quebras são mais longas em si do que antigamente; pois me pego concentrando-me nelas e esquecendo completamente a principal. Mas não tenho como dizer quanto tempo demora até que o erro seja descoberto”.

Algumas meditações muito mais elaboradas e difíceis foram experimentadas por P. nessa época; elas são de natureza muito semelhante às de Santo Loyola. Damos o relato em suas próprias palavras:

“Tentei imaginar o som de uma cachoeira. Era muito difícil de conseguir; e faz os ouvidos cantarem por muito tempo depois. Porém, mesmo que eu realmente tenha conseguido, não era forte o suficiente para abafar os sons físicos externos. Também tentei imaginar o ‘puff-puff’ de um motor. O resultado foi melhor do que o anterior, mas fez a pele da minha cabeça começar a vibrar. Em seguida, tentei imaginar o sabor do chocolate; o que se mostrou extremamente difícil; e depois disso, o tique-taque de um relógio. Isso se mostrou mais fácil, e o resultado foi muito bom; mas havia uma tendência a desacelerar com o ouvido direito, o que, no entanto, era fácil de testar aproximando um relógio do ouvido[17].

Durante todo esse período de viagem difícil, o trabalho é fatigante, árduo e incerto. A regularidade é impossível, em termos de horas e até dias, e a mente, tão ocupada com outras coisas, parece se recusar a se recompor. Quase sempre eu estava cansado demais para fazer duas (quanto mais três) meditações; e o cansaço do dia seguinte era outro fator hostil. Espero que meu retorno aqui (à Cidade do México) opere milagres”.

Três dias depois deste registro, em certa quarta-feira à noite, encontramos um experimento mental extraordinário registrado no diário de P.

D.A. deu a seguinte sugestão de prática de meditação para P.:

“1. Imagine que estou diante de você com meu traje de alpinismo.

2. Quando você tiver visualizado a figura, proíba-a de mover seus membros etc.

3. Em seguida, permita que a figura mude, como um todo, sua iluminação, posição e aparência.

4. Observe atentamente e lembre-se de qualquer fenômeno relacionado a isso”.

P. tentou tudo isso, tendo o seguinte resultado:

“A figura de D.A.: foi claramente vista apoiada em um machado de gelo, mas a princípio era um pouco difícil de fixar.

A figura imediatamente se moveu 35° para a minha esquerda e ali permaneceu; então observei um Tiphereth escarlate acima da cabeça e o caminho azul de ג (gimel) subindo. Ao redor da cabeça havia uma luz azulada, e Tiphereth estava cercado por raios como os de um sol. Percebi então que a figura tinha o poder de se duplicar a várias distâncias; mas a figura principal estava bem estável.

Acima e cobrindo a figura, erguia-se um demônio com a forma de alguma fera antediluviana. Não sei dizer por quanto tempo observei mentalmente a figura, mas depois de um tempo ela se tornou obscura e difícil de ver, e para evitar que desaparecesse, foi preciso querer que ela permanecesse. Depois de mais algum tempo, o Plesiossauro (?) acima da figura tornou-se uma vasta forma sombria, incluindo a própria figura.

Tendo terminado o experimento, D.A. fez a seguinte pergunta a P. ‘Como você julga a distância das réplicas secundárias de mim?’

P. respondeu: ‘Apenas pelo tamanho’.

Os comentários de D.A. sobre o exposto foram como segue:

1. Que o teste falhou parcialmente.

2. Que ele esperava que sua figura se movesse com mais frequência[18].

3. A vasta forma sombria era muito satisfatória e promissora[19].

No dia seguinte, P. registra primeiro: Meditação sobre o Globo Alado para se recompor. Ele então imaginou D.A. sentado à frente, com os braços em volta dos joelhos e as mãos entrelaçadas. Ao redor da figura, havia uma aura de superfícies ondulantes, seguida de um movimento de focalização que aproximou bastante as superfícies. ‘A figura então começou a crescer rapidamente em todas as dimensões até atingir uma forma vasta e, à medida que crescia, deixava para trás pequenos homens velhos definhados e murchos, sentados em posições semelhantes, mas com feições alteradas, tanto que eu diria que se devia a outras razões além do definhamento’”.

Três setas curvadas em círculos apontando para o sentido horário, dispostas em triângulo, com vários circulos menores no centro.
Diagrama 85.
Aura de Superfícies Ondulantes.

D.A. considerou esta meditação muito satisfatória, mas que, mesmo assim, P. deveria tentar novamente no dia seguinte.

Isso, porém, não foi possível; já que no dia seguinte, sexta-feira, ele estava sofrendo de severa dor de cabeça e neuralgia; então, para se recompor, ele meditou sobre uma cruz por uma hora e quinze minutos.

A próxima meditação com objeto vivo que ele tentou é descrita no diário da seguinte forma:

“Meditar sobre a imagem de D.A. sentado com as mãos sobre os joelhos como um Deus[20]. Espirais foram vistas subindo por ele até uma grande altura e depois descendo até se expandirem a um tamanho enorme. Fora isso, nenhuma outra mudança ocorreu.

Os comentários de D.A. sobre esses experimentos notáveis são os seguintes:

O segredo oculto é que a mudança de tamanho e distância não está de acordo com as leis ópticas. Ninguém consegue manter objetos vivos “completamente imóveis”[21]. Uma de duas coisas pode ocorrer:

(a) A figura permanece no mesmo lugar, mas muda de tamanho.

(b) A figura permanece com o mesmo tamanho aparente, mas altera a distância.

Além disso, as teorias Yogī sobre este experimento eram:

(1) Que um objeto vivo é o reflexo do Real, sendo o objeto vivo puramente irreal.

(2) Que a partir deste tipo de meditação pode ser descoberto o caráter da pessoa meditada.

Exemplo: P. A. é piedoso?

R. Se ele crescer, sim, ele é muito piedoso.

P. B. é um vilão?

R. Se ele murchar, ele é um pequeno vilão, não alguém a ser temido. Também de coisas ocultas comuns — por exemplo, mudanças de rosto, expressões etc. Existem também outras teorias sobre a desintegração do homem. Teorias sobre o perigo desse processo tanto para o meditador quanto para o meditado[22].

A próxima prática era meditar sobre a imagem de D.A. de pé.

A figura permaneceu no mesmo lugar, mas se alterou bastante, como uma forma refletida em lentes de várias curvaturas. A tendência geral era aumentar ligeiramente, mas a ideia mais fixa era a de uma figura com cerca de 2,7 metros de altura, mas de largura normal. Em seguida, de altura normal e cerca do dobro da largura.

O comentário de D.A. sobre esta meditação foi que o resultado não foi bom.

Ele tentou essa prática novamente no dia seguinte, resultando em muitas imagens sobrepostas de vários tamanhos e a distâncias variadas. Uma das figuras tinha bigodes como os chifres de um búfalo. A expressão das figuras tornou-se ousada e feroz, especialmente a um metro e vinte de distância, onde havia duas imagens muito reais, uma pequena e uma grande, respectivamente.

O comentário de D.A. sobre essa meditação foi que ela era muito clara e representava um sucesso completo”.

No dia quinze de abril de 1901 encontramos P. escrevendo em seu diário:

“Concordo em projetar meu «corpo» astral para Soror F.[23] em Hong Kong todos os sábados à noite, às nove horas, que deve encontrá-la pronta às 16h06 de domingo, pelo horário de Hong Kong. Ela deve começar às 10h de domingo, pelo horário de Hong Kong, para chegar até mim às 12h02 de sábado”.

Essas viagens espirituais deveriam começar no dia 31 de maio; mas essa data parece ter sido antecipada, pois dois dias depois lemos o seguinte:

“22h00 Envolvido em um ovo de luz branca, viajei para Hong Kong. Esta cidade é branca e fica em uma colina rochosa, a parte baixa é estreita e suja. Encontrei F. em um quarto branco e verde-claro. Ela estava vestida com um tecido branco macio com lapelas de veludo. Conversamos um pouco. Lembro-me de tentar levantar um vaso cloisonné da prateleira até uma mesa, mas não consigo me lembrar se consegui ou não. Disse ‘Avē̆ Soror’[24] em voz alta (e acho que de forma audível) e permaneci por algum tempo[25].”

Esta projeção astral é uma operação de Chokmah; pois o Chiah deve vivificar a casca de Nephesch. Após retornar, P. registra que em sua jornada de volta viu “seu Espelho Mágico do Universo muito claramente em suas cores”.

No final de abril, P. elaborou para si a seguinte tarefa diária:

“(1) Trabalhar as primeiras cinco das sete operações mentais[26].

(2) A assunção de formas-Deus[27].

(3) Meditar sobre símbolos simples com a ideia de descobrir seu significado.

(4) Ascensão nos planos.

(5) Visões Astrais[28].

(6) Adonai ha Aretz[29].

(7) Práticas de meditação sobre homens e coisas[30].

(8) Evocações elementais[31].

(9) Meditação para vivificar telesmata[32].

(10) Projeções astrais[33].

Trabalho Físico.

(2) Desenhos cuidadosos dos Deuses em suas cores.

(6) Figura de Adonai ha Aretz em cores. [Ver ilustração.]

(8) Conclusão das Torres-de-vigia e instrumentos[34].

(9) A confecção de talismãs simples.

Durante cada dia, este programa de trabalho deveria ser dividido da seguinte forma:

(1) De manhã, a Operação ש de ש e a Assunção de uma Forma-Deus.

(2) Antes do Almoço. Uma prática de projeção Astral.

(3) Após o Almoço. Ascensão em um plano, ou Visão, ou Adonai ha Aretz.

(4) Ao entardecer. Uma cerimônia mágica do mesmo tipo, ou qualquer uma das anteriores, exceto projeção astral[35]”.

Uma imagem telesmática de Adonai, conforme descrita no texto.
Diagrama 86
A Figura Brilhante de Adonai-ha-Aretz.

Em 3 de março, encontramos P. vagando pelos refúgios naturais do Nevado de Colima[36]. Ali ele viveu por duas semanas, retornando à Cidade do México no dia 18, apenas para deixá-la novamente dois dias depois em uma expedição ao Nevado de Toluca[37]. Em 16 de abril, viajou para Amecameca, de onde visitou Soror F., por projeção, e dali subiu Popocatépetl[38], em cujas encostas acampou, donde resolveu o ש de ש em sete Operações Mentais:

“1. Raio de Brilho Branco Divino descendo sobre o Ovo Ākāśico situado entre os dois pilares.

2. Aspire pela Serpente e concentre-se na Espada Brilhante. Imagine o golpe da Espada na junção de Daäth (nuca).

3. Faça o Ovo ficar cinza, por meio de uma espiral tripla de luz.

4. Faça o Ovo ficar quase branco. (Repita a fórmula espiral.)

5. Repita 2. Acima da cabeça. Triângulo de Fogo (vermelho).

6. Invoque a Luz. Retire-se. Veja o Símbolo da Aurora Dourada.

7. Que todas as coisas se desvaneçam na Luz Ilimitada”.

No dia 22 de abril, P., após se despedir de D.A., que lhe fora amigo e mestre, partiu para San Francisco.

Nesta cidade, no dia 1º de maio, ele reiniciou solenemente as Operações da Grande Obra e comprou uma haste de aço para servir de varinha e ferramentas para trabalhar nela. No dia 2, comprou ouro, prata e uma joia para fazer uma Coroa; e no dia 3, partiu para o Japão.

Durante a viagem foram registradas as seguintes práticas:

4 de maio.

Pṛthvī-Āpas[39].

45m.

 
 

Também fiz uma Viagem Astral ao Japão, na qual me vi cruzando grandes quantidades de pérolas de coral emaranhadas com algas e conchas. Depois de viajar por algum tempo, cheguei a um local onde vi a forma de um rei em pé acima da de Vênus, cercado por muitas sereias; todas pareciam ter acabado de ser congeladas. Acima das ninfas que se curvavam em direção a elas, havia muitos anjos amarelo-claros acorrentados, e entre eles estavam Arcanjos de uma prata pálida que lançavam raios de ouro. Acima de tudo estava a Luz Sem Forma. Os Arcanjos me mostraram tipos curiosos de seres com chifres cavalgando ao longo de um círculo em diferentes direções.

5 «de maio».

Concentração sobre a Posição I[40].

 

Isso resultou em muitos sonhos estranhos.

6 «de maio».

Concentração sobre a Posição I.

32m.

Dez quebras. Superior no final; bem melhor após a décima quebra. A concentração deve ter durado cerca de 6 ou 7 minutos.

7 «de maio».

Posição I.

15m.

Três quebras, mas o final foi muito duvidoso, pois fiquei com muito sono.

 

Posição I.

6m.

Três quebras. Pareceu-me que desmaiei de repente.

 

Fui para Devachan[41] em Jornada Astral. Encontrei-me cercado por um maravilhoso brilho perolado e, em seguida, entre grandes árvores, entre cujos galhos voavam pássaros brilhantes. Depois disso, vi um capitão em seu navio e também um apaixonado contemplando sua noiva. Os habitantes reais desta terra para a qual fui eram como chamas, e os imaginários eram retratados como nós, seres físicos, somos. Então, as imagens da minha visão passaram rapidamente por mim. Vi um montanhista; meu pai pregando comigo em sua antiga casa; minha mãe, a mãe dele; um homem praticando Rāja Yoga em forma de deus branco. Por fim, uma onda de luz pálida, ou melhor, de textura sedosa, passou através de mim; então um dos estranhos habitantes passou por mim inconsciente de minha presença, e eu retornei.

 

Símbolo da Aurora Dourada.

14m.

Três quebras.

8 de maio.

Posição I.

22m.

Sete quebras.

 

Cruz do Calvário.

50m.

Será que dormi?

11 «de maio».

Projetei Abarahadabra como um pantáculo[42].

12 «de maio».

Realizei um Cerimonial Mágico à noite, seguido de uma tentativa de Projeção Astral. Prefiro a divisão sétupla da Sociedade Teosofista Esotérica para esses propósitos práticos. Acho que a Projeção Astral Física deveria ser precedida por um “afrouxamento das cintas da alma[43]” (cerimonial). Como fazê-lo é o grande problema. Sou inclinado a acreditar em drogas — se ao menos soubéssemos a droga certa.

13 «de maio».

Desenhei um pantáculo.

16 «de maio».

Pintei um pantáculo perverso de magia negra.

Realizei uma cerimônia mágica à noite.

Ritual menor de banimento do Pentagrama e Hexagrama.

Invocação de Thoth e dos Elementos pelas Chaves 1-6[44] e Rituais de Abertura da A∴ D∴[45].

Consagrei a Coroa de Lāmen e a Varinha de Abrahadabra com grande força.

16 «de maio (sic)».

Fiz as sete Operações ש de ש.
Trabalhei em um Z para o Ritual 5=6[46].

17 «de maio».

Posição I.

12m.

Não foi bom.

 

Invocação Noturna de Mercúrio, Chokmah e Thoth.

18 «de maio».

Completei o Z para o Ritual 5=6.

19 de maio.

  1. Assunção da forma divina de Harpócrates: durou nove minutos: o resultado foi bom, pois obtive uma aura distinta ao meu redor.

  2. Projeção Astral Física. Formei uma esfera que assumiu uma forma humana, mas bastante semelhante a um cadáver. Então projetei um raio cinza[47] do lado esquerdo da minha cabeça; isso foi muito cansativo e não houve resultado físico.

  3. Concentrei-me no self imaginário por dez minutos e então projetei o self nele com força assustadora. Chiah quase atravessado[48].

  4. A esfera vermelha escureceu e glorificou-se e retornou para iluminar Tiphereth. O resultado foi bom.

20 «de maio».

  1. Meditação sobre Tejas-Āpas.

  2. Meditação sobre um objeto vivo com o resultado usual de duas figuras.

  3. Visão Astral[49]. Eu me vi em um mar fervente com gêiseres jorrando ao meu redor. De repente, monstros em forma de leões, touros e dragões surgiram das profundezas, e ao redor deles corriam muitos anjos flamejantes, e formas divinas titânicas mergulhavam, giravam e se erguiam entre as águas. Acima de tudo, havia um templo branco de mármore, através do qual uma chama rosa tremeluzia. Lá estava Afrodite com uma tocha em uma mão e uma taça na outra[50], e acima dela pairavam Arcanjos. Então, de repente, tudo era um imenso vazio, e enquanto eu olhava para ele, contemplei a aurora da criação. Rajadas de fogo líquido flamejavam e rodopiavam pela escuridão. Então, nada além do brilho do fogo e da água. Fiquei fora por quinze minutos.

  4. Sete minutos de exercício respiratório, quinze segundos em cada sentido. (Inspirando, retendo e expirando.)

 
  1. Leão Branco em Cinza.

5m.

Resultado ruim.

21 «de maio».

Posição I.

45m.

Razoável.

 

Elaborei uma fórmula “dupla” para Projeção Astral Física. Primeiro projeto com o Sinal do Entrante; o simulacro responde com o sinal de Harpócrates[51]. Então, assim que o sinal do Entrante enfraquece, troco a consciência como para Visões Astrais. Depois disso, ataco o corpo a partir do Simulacro com o sinal do Entrante para trazer força. Este ciclo se repete até que o Simulacro seja pelo menos capaz de falar audivelmente.

Tentei isso e comecei invocando as forças de Chokmah e Thoth, mas omiti declarar o propósito da Operação em tantas palavras. No entanto, com três projeções (em cada sentido), obtive uma sombra cinzenta, de forma um tanto humana. Mas encontrei dificuldade onde menos esperava — em transferir a consciência para o Simulacro.

22 de maio.

Forma divina de Thoth.

16m.

Resultado razoável.

 

Ākāśa-Ākāśa. Durante a meditação, a seguinte Visão foi vista. Todas as coisas ao meu redor estavam cercadas por lampejos ou listras prateadas. Mas ao redor do cadáver humano que vi diante de mim havia menos deles, e se moviam de maneira mais lenta. Acima de mim havia uma pirâmide de luz pulsante, e ao meu redor cortinas roxas. Cinco castiçais de prata foram trazidos, e então vi um trono com um pentagrama em brilho branco acima dele. Havia uma rosa de cinco por cinco pétalas dentro; e acima o arco-íris Qesheth. Erguendo-se do chão estavam demônios sem forma — todos rostos! Assim como X.A.R.P.[52] etc. são malignos. Acima estavam os Deuses de E.H.N.B.; e acima deles rodas svastikas girando, e novamente acima disso a Luz inefável.

24 «de maio».

Ankh verde.

7 m.

Ruim.

 

Trabalhei na explicação do 5=6.

 

Cruz em Brilho.

10 m.

Resultado médio.

 

Thoth à minha frente.

5m.

Ruim.

3 de junho.

Visão Astral. Vestido com vestes de Abramelin brancas e vermelhas, com coroa, varinha, ankh, rosa-cruz etc., etc., fiz uma Jornada Astral para Hong Kong. Encontrei Soror F. sentada ou ajoelhada em um templo. No Altar, havia instrumentos elementais, também o Símbolo da Aurora Dourada. Ela esperava com admiração, quase com medo. Ao entrar, ela me viu e se assustou. Então ouvi as palavras “carregue” ou “deseje carregar”; aparentemente em referência à ideia de carregar um símbolo físico. O quarto estava cheio de incenso, que usei para me materializar. Na ocasião, eu estava muito cansado e realmente sem condições de viajar.

15 de junho.

O Buda me apareceu no Céu do Norte e disse: “Não tema por dinheiro[53]. Vá e trabalhe, como pretendia”. Eu vou.

14 de julho.

Triângulo de Fogo.

10 m.

De mediano a ruim.

 

Globo Alado.

6 m.

Ruim.

 

R.R. et A.C.

?

Muito bom.

 

[Em algum lugar nesta jornada (Yokohama para Hong-Kong) TORNOU-SE a GRANDE PAZ.

15 «de julho».

R.R. et A.C.

16 m.

Uma melhora.

16 «de julho».

Svastika.

6 m.

Muito ruim.

 

R.R. et A.C.

4 m.

Muito ruim.

 

H.P.K.[54]

10 m.

Melhor.

 

Pentagrama.

16 m.

Nada mal.

18 «de julho».

Cruz do Calvário.

15 m.

Ruim, mas eu estava com muito sono.

 

H.P.K. em lótus.

16 m.

Dez quebras; contadas com muito rigor.

 

R.R. et A.C.

8 m.

Uma quebra. Fiquei com muito sono; mas isso parece surpreendentemente bom.

 

Operação da Esfera Escarlate (Tiphereth)

10 m.

Bom. Apenas uma ou duas quebras.

 

Posição de Buda.

5 m.

Sem esperança; eu estava quase dormindo.

19 «de julho».

Globo Alado.

9 m.

Cinco quebras.

 

H.P.K. em Lótus.

9 m.

Cinco quebras. O Deus não estava muito claro.

 

R.R. et A.C.

8 m.

Ruim.

 

Posição I.

13 m.

Mediano.

 

Thoth.

?

Sono irremediável.

 

Tentei meditar sobre o espectro solar como uma faixa. Trabalhar em cada cor separadamente, ou iluminar cada uma por uma, não é ruim; mas tomados juntos não são bons.

20 de julho.

Thoth.

10 m.

Bastante ruim.

 

Cruz.

15m.

Não muito bom.

 

Símbolo da Aurora Dourada.

10 m.

Não foi bom.

 

[Meus pensamentos parecem terrivelmente divagantes ultimamente.]

 

Ísis.

19 m.

Não tão ruim.

 

Globo Alado.

12 m.

Ruim, sonolento.

23 «de julho».

Triângulo de Fogo com a Cruz no centro.

1 5m.

Muito errante.

 

Pantáculo de Abrahadabra.

17 m.

Muito bom, embora talvez o todo dificilmente estivesse absolutamente claro.

25 «de julho».

Tentei Projeção Astral Física duas vezes. Na primeira, a pessoa contratada para vigiar minha amada Soror F. viu o braço físico dobrado enquanto o meu estava reto.

26 «de julho».

Fiz o ritual de H.P.K. à noite para entrar no silêncio. Acho que o resultado foi bastante bom.

27 «de julho».

Nirvāṇa[55].

38 m.

Se eu não estava dormindo, então o resultado foi muito bom.

 

Círculo branco.

13 m.

Razoável.

 

[Neste dia, tive minha primeira percepção clara na consciência[56] da natureza ilusória dos objetos materiais.]

 

H.P.K. em Lótus.

17 m.

Bom, pois empreguei minha identidade para resolver problemas[57].

 

R.R. et A.C.

5 m.

Muito ruim.

28 «de julho».

Nirvāṇa.

15 m.

 
 

Cruz do Calvário.

24 m.

Dez quebras. Não se estabeleceu até depois de 8 quebras.

29 «de julho».

Ascensão em planos. De Malkuth a Kether; isso levou trinta e seis minutos. O resultado não foi muito bom.

 

Cruz do Calvário.

22 m.

Quatro quebras.

30 «de julho».

Buda.

15 m.

 
 

Cruz do Calvário.

11 m.

Cinco quebras, mas tive dor de cabeça.

 

Cem inspirações em posição reclinada, usando cinto. 7 minutos e 50 segundos. (4,7 segundos por respiração.)

Dez inspirações o mais lentas possível. 7m. 26s. (44,6 segundos por respiração.)

31 de julho.

Fui dormir fazendo Buda.

 

Buda.

32 m.

Pareceu muito mais.

 

Pêndulo, 1.000 movimentos simples.

23,5 m.

O pêndulo manteve-se em seu plano[58]. No final de 940 movimentos, o pêndulo quis oscilar para a direita várias vezes.

 

Cruz do Calvário.

 

Cansado demais para estabelecê-la.

1 de agosto.

Posição I.

10 m.

Nada mal.

2 «de agosto».

Buda.

8 m.

Hoje em dia parece muito difícil estabelecer.

 

Cruz Vermelha.

22 m.

Dez quebras.

 

Nirvāṇa[59].

13 m.

Nada mal.

 

Tentei colocar (astralmente) uma mosca no nariz de um homem. Pareceu perturbá-lo muito; mas ele não tentou se afastar.

Tentei o mesmo com um chinês, grande sucesso.

Tentei fazer um chinês olhar ao redor, sucesso instantâneo.

Tentei o mesmo com um europeu, mas não consegui.

3 «de agosto».

Tentei em vão duas “volições práticas”, mas estava muito mal para fazer qualquer trabalho.

4 «de agosto».

Nirvāṇa, egoísmo, poder mágico, hierofante etc.

28 m.

 
 

Após esta meditação, cheguei à seguinte decisão: não devo me apegar à Paz[60]. Ela certamente se tornou real para mim, mas se eu fizer dela um Deus, ela se tornará apenas uma ilusão. Estou pronto para receber o Poder Mágico, pois não devo abusar dele. Preciso realizar a Obra Concluída.

 

Buda.

33 m.

A melhor Meditação que já fiz até agora. Considero esta uma meditação real; por 13 minutos esqueci completamente o tempo.

 

Subi nos planos[61] de ת‎˙‎י‎˙‎ס‎˙‎ת‎˙‎ג‎˙‎כ de Malkuth a Kether.

5 de agosto.

Meditei sobre Thoth a respeito de Frāter I.A.

6 «de agosto».

Cheguei a Colombo.

Chegamos agora a outro ponto de virada no progresso de P. Até o primeiro dia deste ano de 1901, ele havia estudado os métodos ocidentais de magia sozinho. A partir dessa data, inicialmente sob a tutela de D.A., e depois exclusivamente sob sua própria tutela, começou a estudar Rāja Yoga, praticando meditação e alguns exercícios respiratórios simples. Agora iria, se não inteiramente sob a tutela de um Guru, trabalhar diariamente com alguém com quem, antes de sua partida da Inglaterra, realizara tantas operações mágicas extraordinárias. E este era ninguém menos que Frāter I.A.

Por conta de problemas de saúde, Frāter I.A. viajara para o Ceilão para ver se um clima mais quente não lhe restauraria o que um clima mais frio havia tirado; e agora que mais uma vez seu velho amigo P. se juntou a ele, os dois estavam determinados a trabalhar com os sistemas orientais sob um céu oriental e somente por métodos orientais.

No dia 1º de agosto encontramos P. escrevendo: “Eu não existo: não há Deus: não há lugar: não há tempo: e por isso descrevo e determino com precisão estas coisas”. E cinco dias depois ele começou o que chamou de “Os Escritos da Verdade”. Antes de começarmos, será necessário nos aprofundarmos nas doutrinas do Budismo, pois Frāter I.A. agora era, em seu íntimo, um seguidor de Gotama, estando bastante desgostoso com seu Guru tâmil; e foi sob sua orientação que P. compreendeu a importância fundamental da Concentração por meio da meditação.


  1. Quer dizer o globo alado egípcio comum, mas conforme visualizado pelo olho da mente; a meditação então ocorre na imagem na mente. O mesmo acontece com as práticas seguintes. ↩︎

  2. Tejas-Ākāśa é o Elemento Fogo. É simbolizado por um triângulo vermelho de fogo com um ovo preto no centro. Consulte o 777 col. LXXV, p. 16. Veja o Diagrama 84. ↩︎

  3. Āpas-Vāyu é o Elemento Água e é simbolizado por um ovo negro do Espírito no Crescente Prateado da Água «Sic.: a descrição é do símbolo de Āpas -Ākāśa.». Consulte o 777, col. LXXV, p. 16. Veja o Diagrama 84. ↩︎

  4. O símbolo da Aurora Dourada da Espada Flamejante. Veja o Diagrama 12. ↩︎

  5. Por isso entende-se observar a oscilação de um pêndulo imaginário. A dificuldade é mantê-lo em um plano enquanto ele tenta oscilar; e também alterar sua velocidade. ↩︎

  6. Nestes registros “M” significa manhã e “N” noite. ↩︎

  7. A Chave Egípcia da Vida. Veja o Diagrama 61. ↩︎

  8. Lâmpada da Luz Invisível «Lamp of the Invisible Light». ↩︎

  9. Na mente. ↩︎

  10. A forma visualizada da deusa Ísis. ↩︎

  11. Ou seja, ela continuou se afastando da linha de visão mental. ↩︎

  12. Veja o Diagrama 80. Uma rosa escarlate em uma cruz de ouro. ↩︎

  13. Neste ponto, P. fez a seguinte resolução: “Estou determinado a aumentar consideravelmente os meus poderes com a ajuda do Altíssimo, até que eu possa meditar em um objeto por vinte e quatro horas”. ↩︎

  14. O ovo Ākāśico do espírito colocado entre os Pilares da Misericórdia e da Severidade com um raio de luz descendo sobre ele a partir de Kether. ↩︎

  15. O Símbolo da Aurora Dourada sobre o qual foi meditado consistia em um triângulo branco encimado por uma cruz vermelha. Veja o Diagrama 4. ↩︎

  16. Esta meditação ocorreu enquanto P. estava em uma viagem. ↩︎

  17. Essas meditações são chamadas de Cognições Objetivas, obtém-se sensações suprafísicas pela concentração em certos centros nervosos. ↩︎

  18. Normalmente, nesses experimentos de fato a figura se move com mais frequência. ↩︎

  19. Normalmente é assim. ↩︎

  20. Na postura que muitos dos deuses egípcios assumem. ↩︎

  21. Pergunta: Isso se deve ao hábito de esperar que os seres vivos se movam? Acho que consigo mantê-los imóveis. — Nota de P. ↩︎

  22. Este perigo também é experimentado por aqueles que realizam Operações de Magia Negra. A Corrente da vontade frequentemente retorna e fere o Magista que a desejou. ↩︎

  23. Soror F. é a mesma pessoa que Soror S.S.D.F. ↩︎

  24. «Latim para “saudações, irmã”.» ↩︎

  25. Esta descrição de Hong Kong é tão precisa quanto se poderia esperar de uma visita tão curta. A conversa foi posteriormente confirmada por carta, e também novamente quando se encontraram vários anos depois. ↩︎

  26. Ele resolveu a Operação ש de ש em sete partes. ↩︎

  27. A Operação ש de ש, veja também a Invocação Mágica do Gênio Superior: capítulo “O Feiticeiro”. E Liber O iii The Equinox, Vol. I, N° 2. ↩︎

  28. Ver capítulo “O Vidente”, também Liber O v The Equinox, Vol. I, N° 2. ↩︎

  29. A invocação do Anjo Guardião sob a forma de um talismã.

    Como desenhá-lo.

    Desenhe o nome אדני da seguinte forma:

    א = Uma coroa alada irradiando brilho branco.

    ד = A cabeça e o pescoço de uma bela mulher com uma expressão severa e fixa, e cabelos longos, escuros e ondulados. (Malkuth.)

    נ = Os braços e as mãos, que são nus e fortes, estendidos para a direita e para a esquerda em ângulos retos com o corpo, na mão esquerda uma taça de ouro e na direita espigas de milho maduras. De seus ombros escuros, asas abertas.

    י = Um manto verde-amarelo escuro, sobre o peito do qual há um lāmen dourado quadrado decorado com quatro cruzes gregas escarlates. Em volta de sua cintura há um largo cinto de ouro sobre o qual em letras escarlates está escrito o nome אדני הארצ nas letras do alfabeto de Honório. Seus pés são cor de carne e ela usa sandálias douradas. Sua longa cortina verde-amarela é raiada de oliva, e sob seus pés rolam nuvens negras iluminadas com manchas lúgubres de cor.

    Como executá-la.

    (1) Comece com o Ritual menor de Banimento do pentagrama.

    (2) Formule a rosa-cruz ao redor da sala (Primeiro, de cima para baixo; segundo da esquerda para a direita; terceiro a rosa como um círculo dextro-rotativo).

    (3) Os sinais de L.V.X. do 5=6 em direção aos quatro pontos cardeais.

    (4) Formule diante de si, em brilho branco piscante, as oito letras assim:

    Uma cruz formada pelo nome Adonai Ha-Aretz na horizonta le vertical

    (5) Anexe-se ao seu Kether e imagine que você vê uma luz branca lá.

    (6) Tendo assim formulado as letras, respire fundo e pronuncie o nome lentamente fazendo as letras brilharem.

    (7) Invoque a imagem Telesmática. Deixe-a preencher o Universo.

    (8) Então, enquanto vibra o Nome novamente, absorva-o em si mesmo; e então sua aura irradiará brancura.

    Você deve obter seu Brilho Branco Divino antes de formular a Imagem. Existem dois métodos: o espiral de envolvimento e o de expansão, respectivamente. ↩︎

  30. Semelhante às Práticas de Meditação de D.A. ↩︎

  31. Semelhante ao ritual de Júpiter de Fra. I.A. ↩︎

  32. Isso é feito fazendo os telesmata brilharem por meio da meditação. ↩︎

  33. Isso é feito projetando uma imagem física do self na frente de alguém por meio da meditação. ↩︎

  34. As Tábuas Elementais do Dr. Dee; veja os Diagramas em “A Visão e a Voz”. ↩︎

  35. Ideias para Concentração Mental. Concentração na Esfera Escarlate em Tiphereth. Deixe-a subir lentamente para Daäth e escurecer, depois para Kether e se tornar um brilho branco; de lá, lance-a cintilante, ou traga-a para baixo e mantenha-a em Tiphereth. ↩︎

  36. «Um dos dois vulcões do complexo vulcânico de Colima, no México. Seu ponto mais alto é de 4339 metros.» ↩︎

  37. «Um estratovulcão mexicano com 4690 metros de altitude.» ↩︎

  38. «Outro estratovulcão mexicano, este com 5393 metros.» ↩︎

  39. Em todos os casos em que apenas o nome é mencionado, entende-se uma prática de meditação. Pṛthvī-Āpas corresponde à água da terra. É simbolizado por um crescente prateado desenhado dentro de um quadrado amarelo. Veja o Diagrama 84. ↩︎

  40. Ou seja, o Self em Ākāśa entre os pilares com o raio branco descendo. ↩︎

  41. Céu. ↩︎

  42. Uma Estrela de Onze pontas. ↩︎

  43. P. em vários momentos usou a “Invocação do Não Nascido” conforme consta na “Goetia”; também os rituais do Pentagrama em Liber O. ↩︎

  44. As seis primeiras Chaves Angélicas do Dr. Dee. ↩︎

  45. «Aurora Dourada.» ↩︎

  46. A explicação do Ritual do 5=6. Consulte o Capítulo “O Adepto”. ↩︎

  47. A cor de Chokmah. ↩︎

  48. Veja a Figura VI em “A Kabbalah Revelada” de S. L. Mathers. ↩︎

  49. É de se notar que esta Visão é de natureza ígnea e que foi vivenciada logo após a meditação em Tejas-Āpas. ↩︎

  50. Muito semelhante à forma mais antiga da “Temperança” no Tarô. ↩︎

  51. Veja Liber O, The Equinox, Vol. I, Nº 2; a figura “Sinais dos Graus”, i; e Vol. I, Nº 1; figuras “Observador Silente” e “Força Cega”. ↩︎

  52. As quatro letras da linha do Ar na “Pequena Tabela da União”, que une as quatro grandes Torres de Vigia dos Elementos (vide o sistema do Dr. Dee, também o manuscrito da Aurora Dourada intitulado “O Concurso das Forças”). Assim, o T de Nanta representa a Terra da Terra – a Imperatriz de Pantáculos no Tarô, e essa letra é usada como inicial para nomes de anjos extraídos do canto terrestre da tábua da Terra. Para mais informações, consulte o The Equinox, Vol. I, Nº 5.

    Tabela enoquiana
    Diagrama 87.
    A Tabela do Espírito ↩︎

  53. Uma ordem de pagamento havia sido enviada, pagável somente em Hong Kong, mediante solicitação pessoal. Consequentemente, ele temia que, por ficar muito tempo no Japão, pudesse ficar “sem recursos”. ↩︎

  54. Harpócrates. ↩︎

  55. Meditação sobre o Nirvāṇa. ↩︎

  56. Ou seja, não mais pela razão ou pela imaginação. ↩︎

  57. Harpócrates sendo o Deus meditativo. ↩︎

  58. Neste exercício, o pêndulo tende a oscilar para fora do plano. Aqui estão os dois métodos de Frater P. para corrigi-lo:

    (a) Fixe a mente nos dois pontos de oscilação do pêndulo e mova o pêndulo bruscamente como um ponteiro de cronógrafo, mantendo-os fixos e com o mesmo tamanho. O pêndulo retorna ao seu plano.

    (b) Acompanhe a oscilação cuidadosamente, mantendo o tamanho exato. Isso é mais legítimo, porém é mais difícil. ↩︎

  59. Invocou o anjo do Nirvāṇa como H.P.K. em um lótus. Observe a completa ignorância de P. sobre o budismo nesta época. ↩︎

  60. Ou seja, a Paz que o envolvia há tantos dias. Consulte a entrada de 14 de julho. ↩︎

  61. ק=Kether ג=Caminho de Gimel ת=Tiphereth ס=Caminho de Samekh י=Yesod ת=Caminho de Tau. ↩︎


Traduzido por Alan Willms em setembro de 2025. As notas «entre aspas especiais» são do tradutor. A foto ilustrativa não faz parte do texto original, ela foi recortada de uma foto de Qi Fengfei tirada do Unsplash.

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