XXI – Conhece-te a ti mesmo

Este artigo é um capítulo de Os Pergaminhos Voadores

A constituição do homem em relação às Sephiroth e o caminho da introspecção para a Iniciação.

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Pergaminho Voador Nº XXI
Conhece-te a Ti Mesmo.

pela M.H. Sor. V.N.R. 6=5 (Moina Mathers)

Perfeito conhecimento de si próprio é necessário para alcançar o Conhecimento da Divindade, pois quando você puder conhecer o Deus de si mesmo, será possível obter uma visão ofuscante do Deus de Tudo, pois o Deus do Macrocosmo apenas Se reflete para o Homem através do Deus do Microcosmo do Homem.

Portanto, antes de se invocar os Resplandecentes, tenha certeza de que você invocou o Senhor de Si mesmo, isto é, que aquele Você em Daath (a sede da Consciência Espiritual) tenha se alinhado com o Você em Tiphareth (a sede da Consciência Humana) e com o Você em Kether (a sede da Consciência Divina), e dali Kether enviando raios para baixo; dali para Daath, de Daath para Tiphareth, e dali para Yesod, que é a sede da Consciência Automática.

Esta combinação deve ter ocorrido com o consentimento da Vontade Inferior (em Tiphareth) como sendo a Vontade Humana.

Se você já conseguiu realizar isso, você está começando a Iniciação real, (portanto, um Adeptus Minor deveria esforçar-se em começar a prática de tal operação).

Diz-se em outro lugar que O Princípio da Iniciação é a Busca da luz Brilhante. Pois se o Homem através de Conhecimento e Aspiração Puros estiver apto a colocar-se com a sua cabeça apoiada imediatamente sob Kether, a Coroa, ele terá entrado em contato com sua Luz Primeira.

Mas o seu Conhecimento deve ser verdadeiro, e a sua aspiração pura. De que outra forma ele seria capaz de usar sua Coroa, sobre a qual derrama o Influxo de Jechidah?

É este desenvolvimento do Homem que deve ter sido pretendido pelo Apóstolo Paulo quando disse: “Até que todos cheguemos… ao Conhecimento do Filho de Deus, a um Homem Perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo”. Ou seja, que o Homem deve se desenvolver o suficiente em seu crescimento Espiritual, para que ele possa alcançar a estatura onde sua cabeça entrará em contato com seu Kether – ou seja, ao Conhecimento de seu Self Superior.

Sobre isso, eu também citarei outra passagem do Novo Testamento em que Cristo diz: “Todo aquele que me confessar diante dos homens, ele, o Filho do Homem, o confessará diante dos anjos de Deus”, significando que aquele que deve elevar-se ligando seu Self Humano ao seu Self Divino, estando consequentemente em contato com o seu Kether de Assiah, será capaz de subir ainda mais para o Plano dos Anjos, ou seja, que através do Kether de seu Assiah ele poderá ser admitido ao seu plano de Yetzirah, seu Self Angélico; porque ele aceitou a Cristo dentro de si, seu poder de Ascensão. “Mas aquele que me negar diante dos homens será negado diante dos Anjos de Deus”, significando que aquele que nega ao mim, o poder da letra Shin, a letra do Espírito Santo que faz de Jehovah o nome Jeheshua, negou esse Espírito, esse Self Superior, que é a sua única ligação com a Verdade da Vida, e portanto recusou que Cristo pode estar dentro dele, a única parte que lhe permitiria ascender até seu Self Divino, de onde ele poderia receber a descida do Espírito Divino, que sempre vem para aquele que o busca.

Então Kether é a Coroa, que é colocada na cabeça do Iniciado completo; e um grande Rei deve realmente ser aquele que está apto a portar tal brilho, e ele deve ter trabalhado bem para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de seu Reino para ter o tornado digno daquela Coroa Divina.

Portanto, é necessário que aquele, cujo objetivo é tornar-se Iniciado, trabalhe bem no desenvolvimento das Forças do Ser; buscando purificá-las e exaltá-las.

Ele, o homem, de pé em suas Sephiroth, pode muito bem ser comparado a um Rei em seu Reino, que se ele desejar governar bem, deve primeiro aprender a conhecer e compreender, pois só depois ter um conhecimento completo da constituição, caráter e habitantes de seu reino, será possível a um Governante justo trazer as reformas que ele julgue necessárias; – daí a grande ajuda que nos foi dada nos ensinamentos de nossa Ordem, que insistem em um estudo cuidadoso dos Reinos do Macrocosmo e do Microcosmo lado a lado com o nosso Desenvolvimento Espiritual, um estudo ajudando o outro; na verdade os dois são quase inseparáveis.

Agora, o Reino do Microcosmo, o homem, com o qual esta lição principalmente se ocupa, tem distintos o seu caráter, a sua constituição, os seus habitantes, etc. – O Rei é colocado em sua esfera, esse é o limite, a fronteira de seu reino.

A constituição consiste de suas Sephiroth, sobre a qual o esquema principal do Reino é modelado.

Seu caráter seria o objetivo geral e a tendência do Reino. (Isso dependerá da inclinação do polo de sua esfera no que concerne ao Macrocosmo.)

A morada do Rei está em Tiphareth, onde é posto o seu trono, a sede da Vontade Humana, de onde ele exerce as rédeas do governo, quer como um grande governante inspirado por seus mestres acima, a Consciência Espiritual e Divina, ou como um Governador rebaixado (inspirado ou, mais precisamente falando, obcecado) pela abdicação voluntária de seu governo, assim sendo desviado pela tentação da Consciência Automática para descer aí e fazer de Yesod sua morada principal em vez de Tiphareth, permitindo assim a usurpação do Superior pelo Inferior.

Esta queda, de acordo com a natureza do homem, (além de conduzir para outros males) pode levá-lo para a Escola de Simbolismo Fálico ou para a mais grosseira sensualidade, pois estas duas coisas são meramente a expressão do mesmo erro em diferentes naturezas.

Seu povo são as muitas Forças das Sephiroth do Ruach, trabalhando em Malkuth através do Nephesch (Nephesch = Malkuth). O Sacerdócio, ou ainda, os Profetas e Magistas, ascendendo por si sós tão longe quanto seu Daath, habitando eles no Limiar de sua Consciência Divina.

Os Nobres estarão com o próprio Rei, sobre o seu trono em Tiphareth; bem como todos os governantes pequenos, e as profissões e ofícios regidos pelo Sol.

Em Chesed estão as várias ocupações sob Júpiter.

Em Geburah, Netzach e Hod, estão todas aquelas sob Marte, Vênus e Mercúrio.

Yesod, como a sede da Consciência Automática, dificilmente pode ser considerada um habitante, um ser consciente; mas particularmente pode ser representada pela maquinaria, obras e ferramentas da nação.

É claro que cada Sephira terá as suas próprias Dez Sephiroth dentro dela, o que daria vários tipos – profissões, comércios, etc. – por exemplo – Chesed; – em seu Kether pode estar o Sacerdote (isso, naturalmente, supondo que o Sacerdote seja verdadeiro e reto; o Profeta como o Sacerdote inspirado, que mencionamos antes, está colocado no Daath do homem).

Um Filantropo estaria em seu Chesed; em seu Tiphareth – um juiz, e, provavelmente, um artesão trabalhando sob Júpiter, em seu Yesod.

Agora, aquele que é um governante justo, tentará conhecer bem essas pessoas, seus súditos; nem dará atenção indevida ou preferência para uma ou outra classe, nem permitirá conflitos em qualquer uma delas, – portanto um dos trabalhos de um estudante do Adeptado será aprender a trazer perfeita ordem às Seis Sephiroth de seu Ruach, então as Qliphoth, que podem ser chamadas de Bestas Selvagens da Nação, serão forçadas a se retirar, já que elas só se permitem ficar através da Desordem.

Então ele será capaz de bani-las para o próprio plano delas, a terra além de Malkuth; já que elas, trabalhando em sua própria habitação, portanto em seu próprio elemento, serão, como diz a lição sobre o Microcosmo, equilibradas nela e a Persona Maligna (a sua síntese) se tornará como um forte porém treinado animal, sobre o qual o homem cavalga, isso trazendo força material adicional para o homem, o que é uma coisa a se desejar, se for completamente governada pelo Superior.

Uma escola de Ocultismo insiste que o Neófito se retire do mundo, que leve uma vida completamente ascética, e de todos os modos tentando existir sem pensamento ou desejo de nada do que é Humano.

Para alguns de nós, esse pode parecer ser o único método para a realização do autodesenvolvimento que expressamos na cláusula de Tiphareth do Juramento do Adeptus Minor, quando nós nos comprometemos a tornarmo-nos mais do que humanos.

Sabemos que todas as obras da Natureza são graduais em seu crescimento, portanto, um homem também deve ser gradual em seu crescimento, e antes de alcançar esse mais do que humano, isto é, os planos Yetzirático, Briático e Azilúthico, ele deve ser certamente o Homem Perfeito em Assiah.

Então deve ser nosso objetivo nos tornarmos esse Homem Perfeito, a fim de atingir finalmente a esse Anjo, esse Arcanjo e essa Divindade, que estão em Yetzirah, em Briah e em Atziluth.

E ao Zelator Adeptus Minor não é realmente dada qualquer modo especial de vida para seguir; na verdade ele é aconselhado a determinar para si mesmo como devem ser as suas relações com seus assuntos de família, sociedade, etc., vendo que nós, seres humanos, somos tão diversos em nosso caráter bem como em nosso ambiente que a disciplina que será benéfica para um pode muitas vezes ser ruim para outro.

Em uma coisa, porém, insistimos muito, que é que não devemos nos retirar do mundo, pois podemos ter sucesso em aperfeiçoar a nós mesmos no que é exigido de nós sem isolamento.

Em certos casos, pode ser aconselhável, para a execução de certos experimentos relacionados com estudos mais avançados, evitar o contato com os outros por um tempo breve; mas isso só seria permissível em casos especiais.

Uma das razões porque nos é dito para não nos isolarmos é que o isolamento tende a tornar um homem egoísta – para ele se tornará um hábito estudar e prestar muita atenção ao seu próprio Microcosmo, pelo que ele negligenciará os outros Microcosmos, que juntos com o seu, formam parte do Macrocosmo; e esse Egoísmo do Espírito, (embora não tão grave pecado como é aquele da Consciência Animal ou Humana) ainda será um laço muito maior para ele, sendo mais sutil e, portanto, menos fácil de ser percebido e verificado.

Pois o principal perigo do egoísmo espiritual reside no espírito hipócrita tão facilmente desenvolvido, que enquanto gradualmente absorve a aspiração Oculta verdadeira, lisonjeia sua vítima com a ideia de que ele está rapidamente alcançando seu Objetivo proposto.

Então será melhor para nós se vivermos entre os nossos companheiros, e em nosso contato com eles estamos avisados ​​para evitar a pregação e o proselitismo; o que muitas vezes leva também a uma condição de hipocrisia no Pregador, e é geralmente inútil para o ouvinte.

Ao invés disso, os influenciaríamos pelo nosso exemplo, e mantendo tanto nossos pensamentos quanto nossas ações puros.

A nossa Ordem ensina que um dos nossos objetivos deve ser a Regeneração da Raça do Planeta.

Nós, que somos apenas novatos, e estamos somente no Limiar da Segunda Ordem, ainda pouco podemos fazer nesta Grande Obra, mas estamos diariamente nos aproximando desse fim se estivermos ajustando-nos para nos tornarmos o Homem Perfeito, pois ele, o Homem Perfeito, o Adepto, cuja Vontade Humana é uma com a sua Vontade Divina, portanto sempre em contato com seu Gênio, ou Self Angélico, pode atrair Forças ainda Superiores. Estas Forças enviam para baixo Raios Divinos até que eles irradiam através dele; ele, o Adepto, é capaz de dar essa Força para os seres humanos que estão prontos para recebê-la, e assim, ele está ajudando na sua regeneração; um Anjo ou um Deus não sendo assim adequados para o contato com os mortais comuns, como é o Adepto que, embora exaltado, ainda é um homem, e de Assiah.

A maioria de vocês deve se lembrar daquela passagem em Zanoni, de Bulwer Lytton (esse romance que contém tantas dicas valiosas sobre o estudo Oculto e que é uma boa lição para nós sobre os perigos do Ocultismo não treinado) quando ele diz, falando de Zanoni, que com quem ele principalmente se associava, o bagunceiro, o dissipado, o que não pensa, os Pecadores e taberneiros do mais polido mundo – todos apareceram rapidamente, insensivelmente para si mesmos para despertar os pensamentos mais puros e vidas mais regradas.

Nós que somos apenas Neófitos na Grande Iniciação, só podemos em momentos muito raros estar em tamanho contato com nosso Self Superior, essa nossa cabeça que está imediatamente sob nosso Kether. Naqueles poucos momentos estamos de pé na posição em que o Adepto sempre está – ainda que não devemos em hipótese imaginar que, durante aqueles poucos segundos, temos o mesmo poder do Adepto, pois desacostumados como somos da Visão Divina, ela quase nos cega e portanto só pode ser parcialmente transmitida aos nossos Selfs Espiritual e Humano; ainda assim essa visão parcial deve ser muito desejada, pois é uma Força para nós, e também nos dá um vislumbre do que poderemos um dia alcançar.

Então tentemos ascender ao nosso Self Superior, e ficar com a cabeça sob a Coroa, antes de decidir sobre qualquer ação grande e importante em nossa vida e, principalmente, e isso sobretudo, quando estamos julgando o outro, ou tentando modificar a vida de outro, pois essa de fato é uma grande responsabilidade; – pois nós, mortais imperfeitos, estamos sempre prontos a nos inclinarmos para o Pilar da Misericórdia ou para o Pilar da Severidade, e mesmo se estivermos no Pilar do Meio, o Pilar da Suavidade; quão poucos de nós levantamos a cabeça para o nosso Kether – somente com a sua cabeça tocando sua Coroa, seu Kether, um homem pode ter perfeito Conhecimento das coisas de seu Assiah.

Aquele que se inclina muito para o Pilar da Misericórdia, pensará que ele é o Juiz Perfeito, cruel quando esse Juiz considere necessário estender o seu braço para o lado da Severidade.

Aquele que se inclina para o Pilar da Severidade também tem visão corrompida, pois julgando a partir daí, a ação do Juiz Perfeito vai parecer-lhe fraca, quando esse Juiz puder achar correto estender seus braços para o lado da Misericórdia.

Quem está reto no Pilar do Meio não será tão preconceituoso como seus irmãos que se inclinam para a Severidade ou Misericórdia, mas a menos que ele esteja ligado com seu Kether, ele não leva em conta todo o esquema de suas Sephiroth; – é, portanto, incompleto, e seu julgamento imperfeito. Tomemos cuidado, então, ao julgar o outro; vemos quão facilmente podemos ser enganados, e insistamos e nos forcemos a aspirar, e estar convencidos de que estamos realmente com nosso Self Superior, antes de pronunciar tal julgamento, vendo quanto prejuízo pode ser causado através da ação da Misericórdia ou da Severidade desequilibrados, ou do julgamento insuficiente do Pilar do Meio sem a Coroa; – tal como disse o Hiereus na Cerimônia do 0=0: – “Severidade desequilibrada é apenas crueldade e opressão; Misericórdia desequilibrada é apenas fraqueza e permitira que o Mal maior existisse sem ser notado; assim tornando-se cúmplice do Mal”.

Referindo novamente às Seis Sephiroth do Ruach, e à necessidade de mantê-las equilibradas; ocorrerá para a maioria de nós (que quase sem exceção nos dedicamos a alguma profissão ou ocupação) que devemos nos atrasar no Desenvolvimento Espiritual tendendo, em nossas tarefas diárias, a dispensar mais raios da Consciência Espiritual para algumas partes de nossas Sephiroth às custas das outras, tornando-se assim desequilibradas.

Embora assim seja muito mais difícil de viver do que uma vida em que podemos dispor mais ou menos à vontade do nosso tempo, isso não precisa ser um atraso no nosso desenvolvimento; estes deveres diários podem ser de fato um aumento de força para nós. Mas em tal caso, devemos procurar sempre mirar ao mais Puro e Melhor dessa ocupação, seja ela qual for, e tentar desenvolver nela as qualidades nas quais nós podemos ser fracos ou deficientes, como a coragem, determinação, paciência, concentração, etc., que podem ser aprendidas no desempenho de qualquer trabalho, não importa quão pequeno.

De modo que se realmente estamos fazendo o nosso melhor, estamos trazendo um aumento de força para a parte Altíssima da Sephirah em que possamos estar trabalhando; – e aumentar o poder do Kether de qualquer de nossas Sephiroth só pode ser uma força adicional para o Self do Todo; pois o Kether de cada uma de nossas Sephiroth é o reflexo disso de nosso Microcosmo, que também é um reflexo de seus Protótipos Superiores, e estando Kether (ou melhor, o seu reflexo) em ação, não importa quão grande a sua força, não se tornará desordenado e tentará substituir outra Sephirah, mas será refletido de novo no Kether do homem, tornando-se assim uma maior força para ele, pois vendo que é uma apresentação do Divino, nenhum Kether poderá se desequilibrar.

Pois vemos que mesmo o Kether das Qliphoth dificilmente pode ser dito ser desequilibrado, sendo composto de Duas Forças, certamente sempre concorrendo, porque essa qualidade de oposição é o que as faz participar das Qliphoth; pois se elas estivessem equilibradas, não fossem elas de mesma força, como poderiam estar em guerra uma com a outra? Cedo ou tarde uma teria que se render.

Portanto é evidente que muitos são os meios para o Conhecimento, e muitos são os caminhos pelos quais podemos atingir a Meta do Iniciado – por isso – eu diria a cada um de vocês; – é absurdo e mal julgado ordenar que todos deveriam atender a um caminho, pois este pode ser um caminho escolhido por um membro. Há muita tendência de se desejar que todos sigam o Ideal de um – nós somos capazes de esquecer que o ideal de cada levará à mesma Verdade. Portanto, nós podemos ajudar uns aos outros melhor ao ajudar cada um a subir de acordo com suas próprias ideias, ao invés de, como costumamos fazer imprudentemente, em aconselhá-los a subir para aquilo que é o melhor somente em nós mesmos.

Esse erro de querer tornar o outro como nós mesmos é outra forma, e uma forma muito prejudicial, do mais sutil egoísmo. Tudo o que podemos fazer é ajudá-lo a elevar-se e estudar para “Conhecer a Si Mesmo”, a fim de que, trabalhando nesse Conhecimento, ele possa cruzar o Limiar do Portal, que leva ao Conhecimento do Divino.

Ex Deo Nascimur!
In Yeheshuah Morimur!
Per Spiritum Sanctum Revivisdmus!


Traduzido por Alan Willms

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